Área será destruída se aliança com Rússia perder, diz Assad
O presidente da Síria disse que a nova aliança formada entre Rússia, Irã, Síria e Iraque para combater o Estado Islâmico deve ter sucesso
Da Redação
Publicado em 4 de outubro de 2015 às 14h51.
Teerã - O presidente da Síria , Bashar al Assad, afirmou neste domingo que a nova aliança formada entre Rússia , Irã, Síria e Iraque para combater o Estado Islâmico (EI) deve "ter sucesso" se não quiserem que toda a região seja "destruída" pelo terrorismo.
Assad deu uma entrevista à televisão pública iraniana, na primeira vez em que falou publicamente após o início dos bombardeios russos em território sírio contra os inimigos de seu regime.
"Deve triunfar. De outro modo toda a região, não só um ou dois países, serão destruídos. Tenho total confiança que será assim", afirmou Assad, antes de ressaltar que o apoio externo que os grupos terroristas que operam na Síria e no Iraque têm fará sem dúvida com que o triunfo desta coalizão "seja muito custoso".
Na longa entrevista, o presidente sírio afirmou que se os países ocidentais, liderados pelos EUA, que também estão bombardeando a Síria, verdadeiramente desejam combater o terrorismo de forma "séria e autêntica, o mínimo que deveriam fazer é terminar com o apoio que dão a ele".
Assad disse que os países que iniciaram esta nova aliança contra o terrorismo na região têm "visão e experiência".
"Irã e Rússia sofreram diferentes tipos de terrorismo. Quando estes países se unem e lutam contra ele com militares e colaboram em áreas de segurança e informação, esta coalizão, sem dúvida alguma, alcançará resultados reais no terreno, particularmente porque também têm o apoio internacional de países que não têm envolvimento direto nesta crise", acrescentou.
Para Assad, isso se choca com a visão ocidental, que "sempre buscou apoiar o terror, a colonização e o enfrentamento entre os povos", acrescentou.
Assad insistiu que os ataques ocidentais contra o Estado Islâmico fracassaram após mais de um ano de bombardeio porque "aqueles que apoiam o terrorismo não podem combatê-lo".
"Como podem os EUA e seus aliados lutar contra o EI se seu mais próximo aliado, Turquia, o apóia e o permite atravessar fronteiras e trazer armas, dinheiro e voluntários? Se quisessem, teriam pressionado esse país", indicou.
Assad também insistiu que os bombardeios russos estão sendo realizados com total coordenação com o exército sírio e à pedido de seu governo.
A Rússia começou no último dia 30 uma intervenção aérea na Síria em defesa do governo de Assad, seu principal aliado na região.
Segundo a Rússia, os primeiros bombardeios tiveram como alvo "armamento pesado, redes de comunicação, meios de transporte e arsenais de armas, munição e materiais explosivos pertencentes aos terroristas do EI".
Do ocidente não pararam de surgir críticas a esta intervenção russa e à aliança estratégica de Assad com Irã, Iraque e Rússia.
O presidente americano, Barack Obama, afirmou que "está claro que as forças russas não distinguem entre o Estado Islâmico e a oposição moderada sunita", e que os bombardeios são "uma receita para o desastre".
Teerã - O presidente da Síria , Bashar al Assad, afirmou neste domingo que a nova aliança formada entre Rússia , Irã, Síria e Iraque para combater o Estado Islâmico (EI) deve "ter sucesso" se não quiserem que toda a região seja "destruída" pelo terrorismo.
Assad deu uma entrevista à televisão pública iraniana, na primeira vez em que falou publicamente após o início dos bombardeios russos em território sírio contra os inimigos de seu regime.
"Deve triunfar. De outro modo toda a região, não só um ou dois países, serão destruídos. Tenho total confiança que será assim", afirmou Assad, antes de ressaltar que o apoio externo que os grupos terroristas que operam na Síria e no Iraque têm fará sem dúvida com que o triunfo desta coalizão "seja muito custoso".
Na longa entrevista, o presidente sírio afirmou que se os países ocidentais, liderados pelos EUA, que também estão bombardeando a Síria, verdadeiramente desejam combater o terrorismo de forma "séria e autêntica, o mínimo que deveriam fazer é terminar com o apoio que dão a ele".
Assad disse que os países que iniciaram esta nova aliança contra o terrorismo na região têm "visão e experiência".
"Irã e Rússia sofreram diferentes tipos de terrorismo. Quando estes países se unem e lutam contra ele com militares e colaboram em áreas de segurança e informação, esta coalizão, sem dúvida alguma, alcançará resultados reais no terreno, particularmente porque também têm o apoio internacional de países que não têm envolvimento direto nesta crise", acrescentou.
Para Assad, isso se choca com a visão ocidental, que "sempre buscou apoiar o terror, a colonização e o enfrentamento entre os povos", acrescentou.
Assad insistiu que os ataques ocidentais contra o Estado Islâmico fracassaram após mais de um ano de bombardeio porque "aqueles que apoiam o terrorismo não podem combatê-lo".
"Como podem os EUA e seus aliados lutar contra o EI se seu mais próximo aliado, Turquia, o apóia e o permite atravessar fronteiras e trazer armas, dinheiro e voluntários? Se quisessem, teriam pressionado esse país", indicou.
Assad também insistiu que os bombardeios russos estão sendo realizados com total coordenação com o exército sírio e à pedido de seu governo.
A Rússia começou no último dia 30 uma intervenção aérea na Síria em defesa do governo de Assad, seu principal aliado na região.
Segundo a Rússia, os primeiros bombardeios tiveram como alvo "armamento pesado, redes de comunicação, meios de transporte e arsenais de armas, munição e materiais explosivos pertencentes aos terroristas do EI".
Do ocidente não pararam de surgir críticas a esta intervenção russa e à aliança estratégica de Assad com Irã, Iraque e Rússia.
O presidente americano, Barack Obama, afirmou que "está claro que as forças russas não distinguem entre o Estado Islâmico e a oposição moderada sunita", e que os bombardeios são "uma receita para o desastre".