Peregrinos indonésios se preparam para viajar à Arábia Saudita. (AFP/AFP)
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Publicado em 4 de junho de 2022 às 13h20.
Pela primeira vez desde o início da pandemia de covid-19, a Arábia Saudita recebeu neste sábado (4) estrangeiros que realizarão a peregrinação anual muçulmana a Meca prevista para julho.
Um primeiro grupo de peregrinos estrangeiros chegou a Medina (oeste), procedente da Indonésia, antes de se dirigir à Cidade Sagrada para a peregrinação anual, também conhecida como "hajj", que deve começar em 8 de julho, indicou um funcionário do ministério encarregado da peregrinação.
Em abril, a Arábia Saudita anunciou que permitiria a participação de um milhão de muçulmanos de todo o mundo na peregrinação anual a Meca este ano.
Esta é a primeira vez que o país abre suas fronteiras aos fiéis muçulmanos do exterior para participar do hajj desde o início da pandemia de covid-19 em 2020.
A grande peregrinação a Meca é um dos cinco pilares do islã e deve ser realizada por todos os muçulmanos que tenham condições de fazê-la ao menos uma vez na vida.
O evento costuma ser uma das maiores concentrações religiosas do mundo. Em 2019, reuniu cerca 2,5 milhões de pessoas.
Após o surgimento da pandemia, as autoridades sauditas apenas permitiram 1.000 peregrinos em 2020, e 60.000 residentes no país no ano seguinte, todos vacinados e escolhidos por sorteio.
A celebração da peregrinação aos lugares mais sagrados do islã é uma fonte crucial de receitas para a Arábia Saudita.
Em circunstâncias normais, as duas principais peregrinações muçulmanas, o hajj e a umrah, aportam ao reino cerca de 12 bilhões de dólares por ano.
Em agosto de 2021, o país reabriu suas fronteiras aos peregrinos estrangeiros que desejassem participar da umrah, também conhecida como pequena peregrinação, que, ao contrário do hajj, pode ser realizada durante todo o ano.
Este ano, a peregrinação a Meca se limitará aos peregrinos vacinados menores de 65 anos. Os viajantes procedentes do exterior terão que apresentar um teste PCR negativo de menos de 72 horas.
O reino de aproximadamente 34 milhões de habitantes registrou mais de 751.000 casos de coronavírus desde o início da pandemia e mais de 9.000 mortes, segundo os últimos dados oficiais.