Em sua pior crise, Shinzo Abe vê aprovação desabar para 39%
Apoio ao premiê do Japão cai à medida que um aumento das suspeitas a respeito do suposto acobertamento de um caso de nepotismo atinge seu governo
Reuters
Publicado em 16 de março de 2018 às 09h45.
Última atualização em 16 de março de 2018 às 10h03.
Tóquio - O índice de aprovação do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe , caiu 9,4 pontos, para 39,3 por cento, mostrou uma pesquisa da agência de notícias Jiji, à medida que um aumento das suspeitas a respeito do suposto acobertamento de um caso de nepotismo atinge seu governo, na pior crise para o premiê desde sua posse.
Abe e o ministro das Finanças, Taro Aso, de 77 anos, estão sob pressão desde que o Ministério das Finanças admitiu na segunda-feira que alterou registros relacionados à venda de um terreno estatal com um grande desconto a um administrador escolar ligado à esposa do premiê.
Abe e Aso negaram qualquer irregularidade.
Os dois partidos da oposição estão pedindo a renúncia de Aso, e o caso pode acabar com as esperanças de Abe de conquistar um terceiro mandato como líder do Partido Liberal Democrata em uma eleição que renovará a liderança partidária em setembro. Abe tomou posse em dezembro de 2012.
"Acredito que está ficando mais claro que foi feita uma falsificação para apagar quaisquer vestígios de documentos que levem à senhora Akie Abe," disse Kotaro Tatsumi, parlamentar do Partido Comunista Japonês, em um comitê parlamentar.
A aprovação de Abe é inferior aos 40,4 por cento de sua taxa de rejeição, a primeira vez desde outubro que seu apoio fica abaixo do nível daqueles que não o apoiam, de acordo com a pesquisa, publicada nesta sexta-feira.
Mais de 25 por cento daqueles que rejeitaram Abe na sondagem da Jiji, realizada entre 9 e 12 de março, citaram a falta de confiança no premiê como motivo.