Mundo

Após voto de confiança, governo grego prepara plano de austeridade

O plano, exigido pelo FMI e pela UE, será submetido ao voto do legislativo antes do fim do mês

No Parlamento, o primeiro-ministro Giorgos Papandreou conquistou o apoio total dos votos socialistas: 155 sobre um total de 300
 (Aris Messinis/AFP)

No Parlamento, o primeiro-ministro Giorgos Papandreou conquistou o apoio total dos votos socialistas: 155 sobre um total de 300 (Aris Messinis/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2011 às 12h59.

Atenas, Grécia - Após obter a confiança do Parlamento, o governo socialista grego prepara nesta quarta-feira o novo plano de austeridade exigido pelo FMI e pela União Europeia (UE), que será submetido ao voto do legislativo antes do fim do mês.

O conselho de ministros confirma nesta quarta-feira a "lei de aplicação", que detalha as controversas medidas de um novo programa econômico plurianual, que será votado antes de 30 de junho, como exige a UE.

Este texto, que tem o aval dos credores, da UE e do FMI, prevê em sua seção de impostos uma alta de impostos diretos e indiretos.

Inicialmente, deveria ser votado no início de julho, mas o primeiro-ministro Giorgos Papandreou decidiu acelerar seu trâmite em meio à pressão da zona do euro, após recuperar a iniciativa política graças a uma remodelação do governo e ao voto de confiança obtido na terça-feira à noite.

Todos os deputados da oposição presentes, 143, votaram contra, mas Papandreou conquistou o apoio total dos votos socialistas (155 sobre um total de 300), descartando assim o risco de que seus projetos fossem rejeitados pelo Parlamento.

"Peço o voto de confiança para poder continuar enfrentando a crise e os déficits, para evitar a quebra e assegurar que a Grécia se mantenha no núcleo do euro", disse Papandreou no fim de um debate parlamentar.

"Os deputados se renderam sem condições", ironizava nesta quarta-feira o jornal de esquerda Eleftherotypia; "o plano ainda mais duro após o voto", lamentava o de direita, Eleftheros Typos, alinhado com a oposição conservadora, que se nega a apoiar o governo.

Para alcançar os objetivos do plano orçamentário, que prevê até 2015 economias de 28,4 bilhões de euros e privatizações por 50 bilhões, o texto detalha os cortes orçamentários previstos, segundo o ministério das Finanças: redução das aposentadorias, dos subsídios sociais, da massa salarial e do número de empregos no setor público.

Acompanhe tudo sobre:Crise gregaEuropaFMIGréciaPiigsPolíticaUnião Europeia

Mais de Mundo

Mediadores querem fechar acordo de trégua em Gaza antes da posse de Trump

Governo da Alemanha acusa Musk de tentar interferir em eleições do país

As 7 cidades mais antigas do mundo ainda habitadas

Brasil-China: 50 anos de laços bilaterais