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Após tragédia, Japão ainda sonha em sediar Olimpíada

Mesmo após ter perdido a disputa pelo evento em 2016 para o Brasil, o país ainda pretende conseguir para daqui a nove anos

Japão quer se manter como uma opção mesmo depois dos desastres naturais que atingiram sua nação (Robert Laberge/Getty Images)

Japão quer se manter como uma opção mesmo depois dos desastres naturais que atingiram sua nação (Robert Laberge/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2011 às 11h16.

Londres - O Japão ainda deseja manter a sua candidatura para sediar a Olimpíada de 2020, apesar do golpe sofrido pelo país com os efeitos de um terremoto, seguido por um tsunami, e de uma crise nuclear, informou uma autoridade do Comitê Olímpico Japonês (JOC) nesta quarta-feira.

O JOC disse que estava "muito surpreso" com o recente comentário feito pelo italiano Mario Pescante, membro do Comitê Olímpico Internacional, que disse ter sido informado pelo embaixador do Japão em Roma que país havia decidido não prosseguir com a candidatura por conta do desastre.

"O JOC está considerando a candidatura de 2020. Nós não mudamos a nossa política", afirmou Yasuhiro Nakamori, diretor de relações internacionais do JOC. O dirigente disse que o JOC vai realizar uma reunião estratégica na próxima terça-feira e tomar uma decisão final sobre a candidatura em julho.

"Nós temos um monte de coisas a fazer para tomar uma decisão, ainda que tenhamos experiência, algum conhecimento e planejamento, através das atividades da candidatura de 2016", explicou.

O presidente da JOC, Tsunekasu Takeda, se reuniu com o presidente do COI, Jacques Rogge, em Lausanne, na Suíça, na semana passada para discutir os esforços de socorro no Japão. Nenhuma das sedes dos Jogos Olímpicos de 1964 foram danificadas no terremoto.

Tóquio, que sediou a Olimpíada de 1964, fracassou na tentativa de receber os Jogos de 2016, que acontecerão no Rio de Janeiro. Hiroshima e Nagasaki, as duas cidades japonesas atingidas por bombas atômicas na Segunda Guerra Mundial também manifestaram interesse em uma candidatura olímpica conjunta.

Os comitês olímpicos nacionais têm até 1º de setembro para definirem os nomes das cidades candidatas ao COI. Roma é a única cidade até agora que foi oficialmente indicada pelo seu comitê nacional. A África do Sul deverá apresentar uma proposta, com Durban sendo a mais provável candidata. As cidade de Madri, Istambul, Dubai e Doha estão entre outros potenciais candidatas.

Japão e os outros países deverão esperar até a escolha da sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2108 pelo COI em 6 de julho para definir uma estratégia. Os candidatos são Pyeongchang, na Coreia do Sul, Munique, na Alemanha, e Annecy, na França. Se Pyeongchang ganhar, é improvável que o Japão apresente uma candidatura para 2020, já que o COI não estaria disposto a escolher outra cidade asiática.

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