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Após rumores de saída, Trump diz que continua comprometido com a Otan

De acordo com o presidente, alguns momentos dos encontros foram "tensos", mas o resultado final foi positivo

Após rumores mais cedo de que ele teria chegado a ameaçar deixar a Otan, Trump reafirmou seu compromisso com a aliança (Yves Herman/Reuters)

Após rumores mais cedo de que ele teria chegado a ameaçar deixar a Otan, Trump reafirmou seu compromisso com a aliança (Yves Herman/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de julho de 2018 às 08h56.

São Paulo - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira. Após rumores mais cedo de que ele teria chegado a ameaçar deixar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Trump reafirmou seu compromisso com a aliança, mas disse que foi necessário garantir que as demais nações do grupo elevem rapidamente seus gastos com defesa, para evitar um custo injusto para os americanos.

Mais cedo, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, convocou uma reunião de emergência em Bruxelas. Algumas fontes presentes no encontro relataram, segundo agências internacionais, que Trump teria ameaçado "fazer as coisas de seu jeito", caso não houvesse acordo para a elevação dos gastos, o que foi entendido por alguns como uma possível ameaça de retirada dos EUA da Otan. Outras fontes disseram que Trump não foi tão longe, mas teria sido ríspido. Na coletiva, Trump disse que o compromisso americano com a aliança é "muito forte" e que os aliados estão comprometidos em elevar os gastos com defesa. "Continuo comprometido com a Otan", ressaltou.

O presidente americano relatou que comentou com os demais líderes que ficaria "muito insatisfeito", caso seus gastos com defesa não fossem elevados. Pelo acordo em vigor, os países prometeram elevar os gastos com defesa a 2% do PIB até 2024. Segundo Trump, com as conversas dos últimos dois dias houve um acordo para que essa alta ocorra mais rápido, em "poucos anos". Ele não deu detalhes sobre um prazo exato para isso. Ele comentou ainda que os EUA fabricam os melhores equipamentos militares e que poderia agir para que os países da Otan tivessem acesso a esse material.

Questionado sobre se poderia decidir deixar a Otan, ele disse que poderia, "se quisesse, mas isso não é necessário". "Estamos muito unidos e mais fortes, não há problema", garantiu. De acordo com o presidente, alguns momentos dos encontros foram "tensos", mas o resultado final foi positivo. Ele disse ainda que uma meta de elevar os gastos com defesa a 4% do PIB entre os integrantes da Otan é algo para o futuro.

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