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Após queda de ministro, Guerra critica demora de Dilma

O dirigente tucano afirmou que as irregularidades no Ministério dos Transportes eram de "domínio público e conhecimento do mercado",

Reunião da executiva do PSDB: Sérgio Guerra criticou "o jeito de fazer política do governo petista" (Fábio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

Reunião da executiva do PSDB: Sérgio Guerra criticou "o jeito de fazer política do governo petista" (Fábio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2011 às 13h52.

São Paulo - O presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), elogiou as providências tomadas pela presidente Dilma Rousseff em relação ao suposto esquema de corrupção envolvendo a cúpula do Ministério dos Transportes, que culminou no pedido de demissão do ministro Alfredo Nascimento (PR). No entanto, Guerra criticou a demora com que essas providências foram tomadas, somente após denúncias da imprensa e sob forte pressão política. "A presidente merece nossos elogios, mas não adianta ser pela metade. Não pode ter autoridade pela metade. Tem que ter o afastamento e a punição", cobrou.

O dirigente tucano afirmou que as irregularidades no Ministério dos Transportes eram de "domínio público e conhecimento do mercado", lembrando que os preços das obras conduzidas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) estavam inflados há muito tempo. Para Guerra, na qualidade de "ministra mais forte do governo Lula (ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva) e como gerente do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)", Dilma deveria ter conhecimento das irregularidades na pasta.

Para Guerra, é preciso mudar o jeito de fazer política do governo petista. "Não pode entregar um ministério inteiro ao comando de um partido. Um único partido não pode ter influência na escolha de gerentes, controlar de perto as licitações", criticou. O tucano afirmou que a oposição tomará as providências legais cabíveis, como formalizar o pedido de investigação das denúncias ao Ministério Público (MP). Ele lamentou, entretanto, que raramente essas providências surtam efeito. "Quais foram (os envolvidos em escândalos) verdadeiramente punidos?", questionou.

O parlamentar acrescentou que, se a maioria da base aliada "tivesse coragem" de apoiar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a pasta dos Transportes, acredita que essa seria uma investigação eficaz. No entanto, lamentou que "uma parcela muito grande da base esteja pendurada nesse tipo de negócio".

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