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Após indireta de Maduro, Lula reitera não reconhecer 'vitória dele e nem da oposição' na Venezuela

Na última quarta-feira, o líder venezuelano falou sobre o resultado das eleições de 2022

Agência o Globo
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Publicado em 30 de agosto de 2024 às 10h53.

Última atualização em 30 de agosto de 2024 às 11h13.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não aceita a vitória de Nicolás Maduro e nem da oposição nas eleições da Venezuela. A fala ocorre dois dias depois do líder venezuelano dar uma indireta ao governo brasileiro e outros países que questionaram a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) do país. Na semana passada, a corte ratificou a reeleição de Maduro para um novo mandato na Venezuela.

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"A Venezuela tinha colégio eleitoral, Comitê Nacional Eleitoral, três pessoas do governo e duas da oposição, esse colégio tinha que dar parecer sobre as atas. Ele não ouviu esse colégio, passou direto para a Suprema Corte. Não estou questionando a suprema corte, apenas acho que corretamente deveria passar pelo colégio eleitoral que foi criado para esse fim. Não aceito nem a vitória dele e nem da oposição. A oposição fala que ganhou, ele fala que ganhou, mas não tem prova. Estamos exigindo a priva. Ele tem direito de não gostar. Eu falei que era importante convocar novas eleições", disse Lula em entrevista Rádio MaisPB nesta sexta-feira, 30.

Sem citar diretamente Lula, Maduro afirmou na quarta-feira, 28, que ninguém se meteu na eleição brasileira quando o ex-presidente Jair Bolsonaro não reconheceu os resultados das urnas em 2022. A fala ocorreu evento político para marcar um mês da eleição venezuela e fez referência à atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições brasileiras em 2022.

"No Brasil, teve eleições e o presidente Bolsonaro não reconheceu os resultados, houve recurso ao 'Tribunal Supremo' de Brasil (TSE), que decidiu que os resultados eleitorais deram a vitória a Lula. Santa palavra no Brasil. E quem se meteu com o Brasil? Você fez um comunicado? (apontou para plateia) Você? Você? Venezuela disse algo? Dissemos apenas que respeitamos as instituições brasileiras e eles resolveram seus problemas internamente, como deve ser", afirmou Maduro.

Diferente da Venezuela, as eleições brasileiras são acompanhadas em todas suas etapas por entidades nacionais e internacionais, além de partidos políticos. E ao final da votação, os boletins de todas as urnas são divulgados nos próprio local de votação, também ficam disponíveis para conferência na internet — o que não ocorreu no país vizinho, onde atas de votação não foram tornadas públicas pela Justiça eleitoral do país.

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