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Presidente da Coreia do Sul nomeia ex-general como ministro da Defesa

Choi Byun-hyuk assumiu o lugar de Kim Yong-hyun; Assembleia Nacional do país derrubou lei imposta por Yoon Suk-yeol horas depois que ela foi anunciada

Manifestantes seguram cartazes com os dizeres "Yoon Suk Yeol impeachment!" durante um comício à luz de velas pedindo a deposição do presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, nos degraus da Assembleia Nacional em Seul, em 5 de dezembro de 2024 (JUNG Yeon-je/AFP)

Manifestantes seguram cartazes com os dizeres "Yoon Suk Yeol impeachment!" durante um comício à luz de velas pedindo a deposição do presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, nos degraus da Assembleia Nacional em Seul, em 5 de dezembro de 2024 (JUNG Yeon-je/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 5 de dezembro de 2024 às 07h02.

Última atualização em 5 de dezembro de 2024 às 08h36.

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, anunciou nesta quinta-feira que aceita a renúncia do ministro da Defesa Nacional, Kim Yong-hyun, que na quarta-feira assumiu a responsabilidade pela declaração da lei marcial que sacudiu o país asiático horas antes, e que nomeou outro militar aposentado, o ex-general Choi Byung-hyuk, para substituí-lo.

Kim, considerado um “falcão” e uma figura extremamente próxima a Yoon, era uma das figuras mais proeminentes do governo sul-coreano após a comoção gerada pelo decreto da lei marcial especial e sua posterior revogação entre a noite de terça-feira e a manhã de quarta-feira, e está deixando seu cargo depois de ocupá-lo por apenas 89 dias.

Como é de praxe na Coreia do Sul, Yoon nomeou como seu substituto outro militar aposentado, Choi Byun-hyuk, um general de quatro estrelas que foi vice-comandante das Forças Combinadas Coreia do Sul-EUA entre 2019 e 2020 e que desde dezembro de 2023 era embaixador na Arábia Saudita, considerada um cliente estratégico para as vendas de armas sul-coreanas.

Kim, que, como ministro da Defesa, tinha o poder de recomendar ao presidente a declaração da lei marcial, foi indicado para o cargo em agosto deste ano e ratificado em 6 de setembro, depois de atuar como chefe de segurança presidencial de Yoon.

Paradoxalmente, durante a auditoria parlamentar não vinculante que antecedeu sua confirmação como ministro, o Partido Democrático (PD), da oposição, sugeriu que o motivo por trás de sua nomeação era preparar o governo, cada vez mais enfraquecido e cercado pela oposição, para declarar a lei marcial, algo que Kim negou veementemente.

As preocupações do PD baseavam-se no fato de que Yoon parecia estar colocando pessoas próximas a ele, com as quais mantinha um relacionamento estreito, em cargos de alto escalão dentro das forças armadas.

Tanto o presidente quanto Kim e o comandante de contrainteligência do Exército, Yeo In-hyung, concluíram o ensino médio na mesma época, na mesma escola em Seul, a Chungam College, um detalhe que a oposição não deixou de ignorar na época, já que na Coreia do Sul os laços criados nos anos acadêmicos são considerados extremamente importantes.

Choi, sucessor de Kim, foi apresentado hoje pelo chefe de Gabinete de Yoon, Chung Jin-suk, como um ex-militar experiente, com amplo conhecimento de segurança nacional e vasta experiência de campo.

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