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Após despedida, sul-africanos celebram Dia da Reconciliação

Após o enterro de Mandela, a África do Sul comemorou o Dia da Reconciliação, data em que são celebrados o fim da segregação racial e a união entre os povos


	Sul-africanos acenam para o carro que transporta o caixão de Nelson Mandela no caminho para Qunu: em 1994, após décadas do apartheid, os negros puderam votar pela primeira vez
 (Gianluigi Guercia/AFP)

Sul-africanos acenam para o carro que transporta o caixão de Nelson Mandela no caminho para Qunu: em 1994, após décadas do apartheid, os negros puderam votar pela primeira vez (Gianluigi Guercia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 12h53.

Pretória - Um dia depois do enterro de Nelson Mandela, a África do Sul comemorou o Dia da Reconciliação - data em que são celebrados o fim da segregação racial e a união entre os povos do país. Em Pretória, capital executiva, uma estátua em bronze do principal símbolo dessa reconciliação, com 9 metros de altura, foi inaugurada no jardim do Palácio Union Buildings, sede do governo, que hoje (16) completou 100 anos.

O presidente Jacob Zuma disse que a estátua, de braços abertos, representa Mandela indo ao encontro da nação para abraçá-la e dizendo "vamos juntos". O tema da festa este ano foi Construção da Nação, Coesão Social e Reconciliação, caminhando para os 20 anos, a serem completados no primeiro semestre do ano que entra, de liberdade e democracia.

Em 1994, após quase cinco décadas do regime de segregação racial do apartheid, os negros puderam votar pela primeira vez. Na ocasião eles elegeram Nelson Mandela, que havia saído da prisão em 1990, após 27 anos recluso por lutar pela igualdade.

Milhares de pessoas participaram do evento, que também teve a presença do ex-presidente Thabo Mbeki, de Mandla Mandela, neto do ícone da luta contra o apartheid, que acompanhou o corpo do avô durante os dez dias de funeral, e de outras autoridades locais. Também houve desfile militar e caças da força aérea passando sobre o palácio.

Para tirar o tecido preto que o encobria e mostrar o novo monumento ao mundo, foi necessária mais de uma tentativa. Bem-humorado, o apresentador da cerimônia disse que nem sempre a tecnologia funcionava e teria de ser colocado em prática o plano B. Depois de alguns minutos, enfim, o véu foi retirado e todos puderam conhecer o novo símbolo da cidade, a maior estátua de Mandela entre todas as que o homenageiam pela África do Sul e pelo mundo.

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