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Após derrota, May pedirá a líderes da UE que avancem com Brexit

No início de um jantar em Bruxelas, ela repetirá seus argumentos a favor da retomada das negociações e da discussão sobre futuras relações comerciais

Theresa May: premiê sofreu um revés quando o Parlamento votou a favor de uma emenda que exige uma votação parlamentar futura sobre qualquer acordo final para o Brexit (Toby Melville/Reuters)
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Reuters

Publicado em 14 de dezembro de 2017 às 10h02.

Londres/Bruxelas - A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, pedirá a líderes da União Europeia que aprovem um acordo para levar as conversas do Brexit , como é conhecida a saída britânica da UE, para uma segunda fase nesta quinta-feira, poucas horas depois de sofrer uma derrota parlamentar constrangedora que enfraqueceu sua posição.

May sofreu um revés na quarta-feira, quando o Parlamento votou a favor de uma emenda que exige uma votação parlamentar futura sobre qualquer acordo final para o Brexit.

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No início de um jantar em Bruxelas, ela repetirá seus argumentos a favor da retomada das negociações para desfazer mais de 40 anos de união e permitir a discussão de futuras relações comerciais que ela vê como cruciais para proporcionar garantias ao empresariado.

Os 27 outros líderes do bloco devem aprovar o acordo para seguir para a "fase dois" na sexta-feira, depois que May já tiver deixado Bruxelas, iniciando uma nova fase de conversas que podem ser prejudicadas por divisões em casa e diferenças com a UE.

"A primeira-ministra dirá que chegar a um acordo sobre a fase um exigiu um toma-lá-dá-cá dos dois lados, mas que se obteve um resultado justo", disse uma autoridade de alto escalão do governo aos repórteres.

Depois de dias de esforços diplomáticos muitas vezes tensos, a premiê resgatou o pacto inicial na sexta-feira passada, amenizando os temores de seus aliados da Irlanda do Norte com a linguagem sobre a manutenção de uma fronteira livre com a Irlanda, que é membro da UE, sem separar a província do Reino Unido.

Na ocasião, negociadores do bloco disseram que as conversas resultaram em "progresso suficiente", uma recomendação que, salvo em caso de acidente, será endossada pelos líderes dos outros países-membros.

O sucesso de May lhe rendeu algum alívio das disputas internas entre entusiastas e céticos do Brexit em seu governista Partido Conservador, e diminuiu a perspectiva de uma desfiliação caótica do bloco.

Mas ainda há obstáculos para se negociar. Na próxima terça-feira, May e seu gabinete devem debater as opiniões conflitantes de ministros quanto ao futuro britânico fora da UE - a saber, permanecer próximos do bloco ou forjar um novo caminho.

A UE está disposta a iniciar no mês que vem as conversas sobre um período de transição de cerca de dois anos para o Reino Unido se separar depois de março de 2019, mas quer mais detalhes quanto ao que Londres quer antes de iniciar negociações comerciais a partir de março.

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