Mundo

Após 35 anos, começa julgamento de assassinato que abalou NY

Começou o julgamento do homem acusado de sequestrar e assassinar um menino de 6 anos, em 1979, em um dos casos de desaparecimento de maior repercussão no país

Pedro Hernández, de 53 anos, acusado de matar Etan Patz, de 6, em 1979 (Louis Lanzano/Pool/files/Reuters)

Pedro Hernández, de 53 anos, acusado de matar Etan Patz, de 6, em 1979 (Louis Lanzano/Pool/files/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2015 às 20h51.

Nova York - Trinta e cinco anos depois, começou em Nova York, nesta sexta-feira, o julgamento do homem acusado de sequestrar e assassinar um menino de seis anos, em 1979, em um dos casos de desaparecimento de maior repercussão no país.

O réu Pedro Hernández, de 53, é acusado de levar Etan Patz para o porão da loja onde trabalhava, onde teria assassinado o garoto, em 25 de maio de 1979. Ele teria se livrado do corpo da vítima, jogando-o no lixo.

Etan desapareceu depois de deixar a casa dos pais, em Manhattan, enquanto caminhava sozinho pela primeira vez até o ponto do ônibus escolar. Seus pais constataram que ele havia desaparecido somente no fim do dia, quando não voltou da escola.

A promotora Joan Illuzzi-Orbon disse que o crime "mudou a cidade para sempre". O caso alertou milhões de americanos sobre os riscos do sequestro de crianças, alimentando uma geração de pais muito mais vigilante.

Detido em 2012, Hernández confessou o crime à polícia. Depois, recuou e disse que era inocente. O advogado de defesa Harvey Fishbein alega que seu cliente sofre de leve retardo mental.

O tribunal supremo de Nova York ficou cheio nesta sexta, durante o começo do julgamento. O pai de Etan, Stan Pazt, compareceu à audiência, mas a mãe da vítima, que estava bastante abalada, limitou-se a testemunhar.

Gravada em vídeo, a confissão de Hernández à polícia será apresentada como prova, assim como a reconstrução do que teria acontecido na loja. Segundo a promotora Joan Illuzzi-Orbon, Hernández "começou a asfixiar o menino".

Especialistas jurídicos que acompanham o caso consideram que a acusação terá dificuldades para provar a culpa do réu. O julgamento pode durar até março, ou abril.

A defesa argumenta que não há provas que liguem Hernández ao assassinato. "Não há cena do crime, não há DNA, nem impressões digitais", afirmou Fishbein.

Acompanhe tudo sobre:CrimeMetrópoles globaisNova York

Mais de Mundo

Donald Trump anuncia Elon Musk para departamento de eficiência

Trump nomeia apresentador da Fox News como secretário de defesa

Milei conversa com Trump pela 1ª vez após eleição nos EUA

Juiz de Nova York adia em 1 semana decisão sobre anulação da condenação de Trump