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Ao menos 46 imigrantes morrem após naufrágio na costa da Tunísia

Outros 70 foram resgatados pela guarda costeira, segundo fontes oficiais

Anoitecer na praia de Gammarth, Túnis, na Tunísia (petrenkod/Thinkstock)

Anoitecer na praia de Gammarth, Túnis, na Tunísia (petrenkod/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 3 de junho de 2018 às 16h44.

Última atualização em 3 de junho de 2018 às 16h56.

Túnis - Pelo menos 46 pessoas morreram neste domingo após o naufrágio de uma embarcação precária com 180 imigrantes no litoral de Tunís, o pior ocorrido no Mediterrâneo desde fevereiro, informou o Ministério do Interior da Tunísia.

A Guarda Costeira da Tunísia conseguiu resgatar 70 imigrantes na operação, segundo o governo do país, que ainda está em andamento.

Um dos resgatados explicou a veículos de imprensa locais na cidade de Sfax que a maioria dos que navegavam no barco de pesca de madeira eram, como ele, cidadãos tunisianos e que os demais procediam de países da África Subsaariana.

De acordo com o seu relato, a embarcação, de nove metros de comprimento, saiu pouco antes do amanhecer de uma praia próxima à fronteira com a Líbia e navegou durante cerca de nove horas antes de começar a entrar água por uma rachadura no casco.

As viagens de imigrantes ilegais em direção à Europa são menos frequentes na Tunísia do que na Líbia e na Argélia, apesar de a Itália estar mais perto do país do que dos vizinhos.

Como nesta ocasião, quem se aventura no mar são jovens tunisianos desempregados que vão atrás de um futuro melhor devido à crise econômica que afeta o país e que coloca em risco a única transição democrática que sobreviveu à Primavera Árabe.

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