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Antonio Tajani é eleito presidente da Eurocâmara

No último e decisivo turno, no qual só concorreram Tajani e o social-democrata Gianni Pittella, o primeiro conseguiu vencer com 351 votos contra 282

Tajani: a eleição para presidente da Eurocâmara que deu a vitória a Tajani é a primeira em mais de 30 anos que não estava decidida de antemão (Christian Hartmann/Reuters)

Tajani: a eleição para presidente da Eurocâmara que deu a vitória a Tajani é a primeira em mais de 30 anos que não estava decidida de antemão (Christian Hartmann/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de janeiro de 2017 às 21h37.

Estrasburgo - O conservador italiano Antonio Tajani foi eleito nesta terça-feira presidente do parlamento europeu após quatro intensas rodadas de votação com o apoio, principalmente, dos conservadores e liberais da Eurocâmara.

No último e decisivo turno, no qual só concorreram Tajani e o social-democrata Gianni Pittella, o primeiro conseguiu vencer com 351 votos contra 282.

Desta forma, Tajani se transforma no primeiro presidente italiano do parlamento europeu como tal (embora antes de 1979, quando não existia sufrágio universal, tenha havido italianos na presidência).

Com Tajani, candidato do Partido Popular Europeu (PPE), os conservadores já contam com as presidências das três principais instituições, uma vez que Jean-Claude Juncker está à frente da Comissão Europeia e Donald Tusk do Conselho Europeu.

A eleição para presidente da Eurocâmara que deu a vitória a Tajani é a primeira em mais de 30 anos que não estava decidida de antemão pelo pacto dos grandes partidos para repartir a legislatura em dois turnos de dois anos e meio.

Apenas a primeira legislatura da Eurocâmara (1979-1984), nos moldes de hoje - com sufrágio universal -, teve dois presidentes escolhidos livremente pelos eurodeputados sem pactos nem coalizões dos grandes grupos.

Na primeira parte desta legislatura o presidente da Eurocâmara foi o social-democrata alemão Martin Schulz, cargo que já havia ocupado de 2012 a 2014, transformando-se no primeiro a exercer o posto durante cinco anos.

O PPE reivindicou que agora era sua vez presidir a Eurocâmara, mas os social-democratas consideraram que os conservadores não podiam liderar todas as instituições da União Europeia.

Esta disputa rompeu a chamada "grande coalizão" assinada após as últimas eleições de 2014 entre populares, social-democratas e liberais para conter os eurofóbicos.

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