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Antigo parlamento líbio elege islamita para formar Executivo

Omar Al Hasi recebeu esse mandato em uma reunião realizada em Trípoli pelo CNG, que não reconhece o novo parlamento

Bandeira da Líbia: reunião, realizada com portas fechadas, foi convocada pelos islamitas que não reconhecem a legitimidade do Congresso dos Deputados (GettyImages/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2014 às 16h10.

Trípoli - O Congresso Nacional Geral (CNG) da Líbia , a instituição política provisória que representava o Poder Legislativo do país até as eleições de 25 de junho, escolheu nesta segunda-feira o islamita Omar Al Hasi para formar um governo de salvação nacional, informou à Agência Efe um deputado.

Segundo a fonte, Hasi recebeu esse mandato em uma reunião realizada em Trípoli pelo CNG, que não reconhece o novo parlamento, chamado de Congresso dos Deputados e que foi formado nas últimas eleições.

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Um total de 94 antigos deputados, dos 200 que formam o CNG, votaram a favor de Hasi, declarou a fonte.

A reunião, realizada com portas fechadas, foi convocada pelos islamitas que não reconhecem a legitimidade do Congresso dos Deputados, que teve sua primeira sessão no dia 4 de agosto na cidade de Tobruk, localizada a 1,6 mil quilômetros da capital Trípoli.

A designação de um novo primeiro-ministro por parte do CNG acontece três dias depois que o Congresso dos Deputados classificou as milícias de Misrata, que tentam tomar o controle do aeroporto internacional de Trípoli, como terroristas.

Essas milícias, que no dia 13 de julho lançaram a operação Al Fayer (Amanhecer) junto com outros grupos armados do centro e do leste do país para assumir o controle do principal aeroporto do país, contam com total apoio do CNG, especialmente de seu presidente, Nouri Abu Sahmin.

Hasi é doutor em Ciências Políticas pela Universidade de Benghazi e já tinha apresentado sua candidatura anteriormente para presidir o Executivo.

Trípoli é cenário de confrontos armados entre duas milícias rivais que lutam pelo controle do aeroporto internacional desde o dia 13 de julho. Esse conflito já causou a morte de mais de 200 pessoas e forçou a fuga de milhares.

Além disso, Benghazi, a segunda maior cidade da Líbia e situada a mil quilômetros de Trípoli, foi palco de fortes enfrentamentos entre as forças paramilitares do general sublevado Khalifa Haftar e as forças islamitas de Ansar Al Sharia, considerado pelo novo parlamento como um grupo islamita.

Essa situação fez com que vários países retirassem seus cidadãos e funcionários diplomáticos credenciados na Líbia.

Hoje, os países vizinhos da Líbia pediram durante uma reunião realizada no Cairo, a capital do Egito, o fim imediato de todas as operações armadas em território líbio para dar apoio ao processo político e fortalecer o diálogo com as forças que rejeitam a violência.

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