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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Toronto - Um ano depois do golpe de Estado que derrubou o governo do ex-presidente Manuel Zelaya, Honduras permanece isolado na comunidade internacional. Com o país suspenso da Organização dos Estados Americanos (OEA), o atual presidente hondurenho, Porfirio "Pepe" Lobo, busca apoio político para obter a reintegração de Honduras e resgatar a confiança mundial.
Paralelamente, a comunidade internacional observa o cumprimento de acordos externos e internos. Nos próximos dias, desembarca em Tegucigalpa (capital de Honduras) uma delegação da OEA para verificar a situação política no país, como a consolidação da democracia e o respeito às instituições vigentes. Amanhã (29) e quarta-feira (30), Lobo participa de uma série de reuniões do Sistema de Integração Latino-Americana (Sica).
Para analistas internacionais, a visita da comitiva da OEA e a participação de Lobo em reuniões internacionais sinalizam a possibilidade de aproximação e reintegração de Honduras na comunidade mundial.
O Brasil, porém, e a maioria dos países sul-americanos - como a Argentina, Bolívia, o Chile, a Colômbia, o Equador, Paraguai, Peru, Suriname e a Venezuela - não reconhecem o governo de Pepe Lobo. Para esses países, que integram a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), Lobo deve assegurar uma série de garantias de que a ordem foi restabelecida em Honduras.
As alternativas incluem a anistia a Zelaya e aos correligionários dele, demonstrações de que as instituições públicas, como a Suprema Corte e o Congresso Nacional, são independentes e livres, assim como a preservação dos direitos humanos.
Recentemente, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, ligada às Nações Unidas, fez severas críticas a Honduras, informando que há denúncias de violação ao direito internacional no país. Lobo se defende, afirmando que há setores interessados em desestabilizar o governo. Ele não disse que setores são esses.
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