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Análises reforçam tese de ataque químico na Síria, diz OMS

Segundo a Defesa Civil Síria, o ataque na cidade de Khan Shaykhun expôs cerca de 300 pessoas a substâncias químicas

Síria: pelo menos 72 pessoas morreram, entre elas 20 crianças (Ammar Abdullah/Reuters)

Síria: pelo menos 72 pessoas morreram, entre elas 20 crianças (Ammar Abdullah/Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de abril de 2017 às 08h39.

Genebra - A análise dos sintomas das vítimas da cidade síria de Khan Shaykhun reforça a possibilidade de um ataque químico, ao mostrar a exposição a agentes nervosos, disse nesta quarta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"A possibilidade de uma exposição a um ataque químico se amplifica pela aparente falta de ferimentos externos de um grupo que mostrou a aparição rápida dos mesmos sintomas, incluindo incapacidade de respirar como a principal causa de morte", afirma um comunicado da OMS.

Pelo menos 72 pessoas morreram, entre elas 20 crianças, pelo suposto ataque químico nesta cidade que está em uma zona sob controle rebelde.

Segundo a Defesa Civil Síria, que presta serviços de resgate em áreas fora do controle das forças governamentais, o ataque expôs a substâncias químicas cerca de 300 pessoas.

Os feridos apresentavam sintomas de asfixia, vômitos, espasmos e alguns espumavam pela boca, segundo denunciaram estas fontes.

A OMS manifesta seu "alarme" pelo ataque e denuncia que, além dos mortos, médicos em Idlib, a província onde aconteceu o ataque, estão dizendo que "diversos pacientes que mostraram dificuldades para respirar e sintomas de sufoco" foram admitidos nos poucos hospitais que ainda estão em funcionamento na zona para tratamento urgente.

"A capacidade dos hospitais da zona é limitada, especialmente quando um grande número deles foi destruído ou danificado pelo conflito", denuncia a OMS.

Horas depois do suposto ataque químico, aviões de guerra voltaram a bombardear um centro médico em Khan Shaykhun, o único que ficava na zona e que ficou fora de serviço.

A isso se soma, segundo cita a OMS, que no domingo o hospital de Marrat al-Nu'man, o único equipado para receber eventuais vítimas de uma ação química, também foi bombardeado e ficou fora de serviço.

"As salas de emergência e de serviços intensivos de Idlib estão ultrapassadas e sem remédios para atender os feridos".

Perante esta situação, a OMS enviou parte dos remédios necessários aos hospitais ainda em funcionamento da região.

A OMS lembra que o uso de armas químicas é um crime de guerra e está proibido em vários tratados internacionais.

Khan Shaykhun tem cerca de 75 mil habitantes, muitos deles deslocados procedentes da vizinha província de Hama, e está sob o controle do Exército Livre Sírio (ELS).

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