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Americanos se preparam para enfrentar frio mais rigoroso

Esta onda de frio polar, inédita em 20 anos, acompanhada de neve e chuvas de granizo, deixou cerca de dez mortos em menos de uma semana


	Neve em NY: autoridades alertam que essas temperaturas podem provocar graves lesões na pele em poucos minutos de exposição ao ar livre e pediram prudência (AFP)

Neve em NY: autoridades alertam que essas temperaturas podem provocar graves lesões na pele em poucos minutos de exposição ao ar livre e pediram prudência (AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2014 às 16h16.

Nova York - Milhões de americanos se preparavam nesta segunda-feira para enfrentar recordes de frio nas regiões central e norte do país, onde os termômetros marcavam até - 37ºC em algumas regiões, enquanto a previsão é de que as baixas temperaturas se desloquem para o nordeste e Nova York.

Esta onda de frio polar, inédita em 20 anos, acompanhada de neve e chuvas de granizo, deixou cerca de dez mortos em menos de uma semana.

Proveniente do norte dos Estados Unidos e do Canadá, o frio se estendeu pelo centro-oeste e ameaça regiões mais ao sul, como Tennessee e Alabama.

É esperada neve nesta segunda-feira do Missouri até a região dos Grandes Lagos, segundo o serviço meteorológico americano.

"As temperaturas mais frias em quase 20 anos vão alcançar o norte e o centro dos Estados Unidos após a chegada de uma frente fria vinda do Ártico", destaca o serviço em seu site.

"Combinadas com rajadas de vento, estas temperaturas vão cair a níveis potencialmente mortais, tão baixas quanto os 51°C abaixo de zero registrados em algumas localidades", acrescentou.

Em Milwaukee, às margens do lago Michigan, a temperatura era de -37ºC ao amanhecer, informou à AFP Sarah DeRoo, porta-voz da cidade de 600.000 habitantes.

As autoridades alertam que essas temperaturas podem provocar graves lesões na pele em poucos minutos de exposição ao ar livre e pediram prudência.

A população foi alertada para o risco de veículos ficarem bloqueados e para o perigo representado pelas estradas congeladas devido ao rompimento de tubulações de água congeladas, enquanto em várias cidades as autoridades pediram para que os moradores fiquem em casa e façam estoques de alimentos.

No condado de Cook, que abrange grande parte da área de Chicago, foram instalados centros nos quais "todo mundo pode ir para se aquecer, por exemplo em caso de falhas nos sistemas de calefação", informou à AFP a porta-voz, Natalia Derevyanny.

Milhares de voos precisaram ser atrasados ​​ou cancelados em vários aeroportos do país.

De acordo com o site flightaware.com, mais de 3.000 voos com destino ou provenientes dos Estados Unidos tinham sido cancelados nesta segunda-feira.

No Colorado, estado situado no limite da região afetada pela onda de frio, um avião executivo caiu ao tentar aterrissar no domingo no aeroporto de Aspen, provocando a morte de um mexicano.


O pior está por vir

Já foram registradas dez mortes nos Estados Unidos e os serviços meteorológicos preveem que antes de terça-feira será batido o recorde de temperatura mínima - registrado cerca de 30 anos atrás - no norte e no nordeste dos Estados Unidos, mas também em algumas regiões do sudeste.

Na cidade de Atlanta, situada 1.200 km ao sul de Chicago, o frio será sentido com mais rigor do que em Anchorage, a maior cidade do Alasca, segundo a CNN.

O governador de Illinois, Pat Quinn, afirmou que a tempestade deve entrar no "Livro dos Recordes", ao enfatizar a necessidade de garantir abrigo para todos.

O Canadá também enfrentava temperaturas geladas. Os serviços de meteorologia indicavam temperaturas inferiores a -30ºC em cidades como Manitoba e Saskatchewan. Em Regina, capital de Saskatchewan, os termômetros marcaram -36ºC. A sensação térmica era de -48ºC.

No leste do país, as tempestades de granizo afetavam seriamente os transportes e provocavam atrasos no aeroporto de Pearson, em Toronto.

Por causa do frio glacial, os preços do petróleo subiram sutilmente em Nova York, ganhando 14 centavos, a 91,10 dólares na abertura das negociações desta segunda-feira, com os investidores prevendo uma demanda maior.

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