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Americanos apostam que recuperação econômica só vem em 2014

Pesquisa mostra que 10% dos americanos entrevistados acham que a economia nunca vai voltar ao normal

Desemprego ainda em alta no país é uma das maiores razões do pessimismo dos americanos (Wikimedia Commons)

Desemprego ainda em alta no país é uma das maiores razões do pessimismo dos americanos (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2011 às 16h15.

São Paulo - Cada vez mais americanos acreditam que a economia do Estados Unidos vai demorar para voltar ao nível de crescimento anterior à crise. Uma pesquisa feita pela consultoria norte-americana Alix Partners mostra que, para 61% dos entrevistados, se houver algum sinal de melhora, ele só será percebido depois de 2014. E 10% dizem que isto nunca vai acontecer.

No estudo, mil americanos adultos foram entrevistados. Deste total, 63% respondeu que a situação econômica do país é ruim. No ano passado, menos da metade (49%) respondeu com pessimismo.

“Estamos vendo um misto de sinais na economia, vindo tanto de consumidores quanto dos executivos. Há muito otimismo lá fora, mas ele está sendo ofuscado por um teimoso e generalizado sentimento de incerteza que se intensificou com as recentes turbulências econômicas”, disse Fred Crawford, presidente da consultoria.

Nem boas notícias do cenário econômico empolgam os americanos. Em maio, por exemplo, dados do mercado de trabalho mostraram que o número de demissões foi menor que o esperado. Na opinião dos participantes da pesquisa, este avanço está lento demais, e 60% deles considera que não haverá recuperação econômica até que a taxa de desemprego esteja baixa.

O problema é que, se por um lado os americanos querem mais emprego, na outra ponta estão os fabricantes esperando a demanda por seus produtos aumentar para voltar a contratar. Assim, enquanto este impasse – e muitos outros – não se resolve, os americanos continuam adiando suas expectativas de quanto vai demorar para a economia do país voltar ao normal.

“Os americanos continuam empurrando suas expectativas de retorno a um nível pré-crise mais e mais para o futuro – perto o suficiente para que eles se sintam seguros, mas longe o bastante para soar realista”, diz Crawford.

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