Protesto a favor da ação militar americana na Síria: "não podemos considerar que os últimos movimentos diplomáticos eliminaram completamente essa ameaça", disse representante russo (Jonathan Ernst/Reuters)
Da Redação
Publicado em 11 de setembro de 2013 às 07h41.
Moscou - O presidente do Comitê de Assuntos Internacionais da Duma, a Câmara dos Deputados da Rússia, Alexei Pushkov, advertiu nesta quarta-feira que a ameaça de um ataque dos Estados Unidos à Síria se mantém apesar dos esforços diplomáticos para evitá-lo.
"Não podemos considerar que os últimos movimentos diplomáticos eliminaram completamente essa ameaça. A ameaça de uma guerra se mantém, mais ainda, é extremamente grande", disse o legislador, citado pelas agências russas, em um discurso na Duma.
Pushkov fez referência à iniciativa diplomática russa, aceita por Damasco, de colocar sob controle internacional as armas químicas do regime de presidente sírio Bashar al Assad.
A proposta de Moscou levou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a pedir que o Congresso adiasse a votação para autorizar o uso da força contra a Síria até que se esgote a via diplomática.
Apesar de ter afirmado que é "muito cedo" para determinar se a iniciativa dará frutos, Obama destacou que ela "tem o potencial de eliminar a ameaça das armas químicas sem o uso da força" em uma mensagem televisiva para o povo americano.
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a proposta russa para que a Síria coopere com a comunidade internacional no controle de armas químicas servirá somente se os EUA e seus aliados renunciarem ao uso da força contra Damasco.
"É difícil obrigar um país, seja a Síria ou qualquer outro, a se desarmar de forma unilateral se uma ação de força está sendo preparada contra ele", disse ontem à noite o chefe do Kremlin em entrevista à imprensa russa.