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Alto preço dos alimentos muda hábitos no mundo

De acordo com estudo da ONG Oxfam International, quatro a cada 10 pessoas atribuem a mudança em sua dieta a questões econômicas

Segundo a ONG, a solução é o governo regular os mercados de matérias-primas e reformular as políticas dos biocombustíveis para manter os preços sob controle (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2011 às 13h26.

Londres - O alto preço dos alimentos está mudando os hábitos alimentares da população mundial, em geral para pior, revela uma pesquisa realizada em 17 países, incluindo Brasil, México e Espanha, e divulgada nesta quarta-feira pela ONG Oxfam International.

No total, 53% dos entrevistados responderam que não comem do mesmo modo que há dois anos, devido à atual crise alimentar, e quase quatro a cada 10 pessoas atribuem a mudança em sua dieta à alta nos preços dos alimentos, revela a pesquisa elaborada pela GlobeScan.

No México, por exemplo, 65% dos entrevistados disseram ter mudado seus hábitos alimentares e 54% atribuíram a situação a questões econômicas.

Dos 61% que modificaram seus hábitos alimentares na Guatemala, 48% citaram a elevação dos preços.

No Brasil, dos 34% que mudaram sua dieta, 55% o fizeram por razões econômicas, do mesmo modo que na Espanha, onde sobre 45%, a questão dos preços motivou 46%.

"Nossas dietas estão mudando rapidamente e para muita gente isto é para pior. Uma enorme quantidade de pessoas, especialmente nos países mais pobres, está reduzindo a quantidade ou a qualidade da comida consumida devido ao aumento dos preços dos alimentos", disse Jeremy Hobbs, diretor-executivo da Oxfam.

A Oxfam pede aos líderes das potências industrializadas e emergentes que "passem à ação para reparar um sistema alimentar falido".

"Devem regular os mercados de matérias-primas e reformular as políticas dos biocombustíveis para manter os preços dos alimentos sob controle. É preciso investir nos pequenos produtores dos países em desenvolvimento e ajudá-los a se adaptar à mudança climática", destacou Hobbs.

A pesquisa foi realizada de 6 de abril a 6 de maio, com 16.421 pessoas em 17 países, como parte da campanha lançada recentemente para eliminar a fome no planeta, que tem o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Londres - O alto preço dos alimentos está mudando os hábitos alimentares da população mundial, em geral para pior, revela uma pesquisa realizada em 17 países, incluindo Brasil, México e Espanha, e divulgada nesta quarta-feira pela ONG Oxfam International.

No total, 53% dos entrevistados responderam que não comem do mesmo modo que há dois anos, devido à atual crise alimentar, e quase quatro a cada 10 pessoas atribuem a mudança em sua dieta à alta nos preços dos alimentos, revela a pesquisa elaborada pela GlobeScan.

No México, por exemplo, 65% dos entrevistados disseram ter mudado seus hábitos alimentares e 54% atribuíram a situação a questões econômicas.

Dos 61% que modificaram seus hábitos alimentares na Guatemala, 48% citaram a elevação dos preços.

No Brasil, dos 34% que mudaram sua dieta, 55% o fizeram por razões econômicas, do mesmo modo que na Espanha, onde sobre 45%, a questão dos preços motivou 46%.

"Nossas dietas estão mudando rapidamente e para muita gente isto é para pior. Uma enorme quantidade de pessoas, especialmente nos países mais pobres, está reduzindo a quantidade ou a qualidade da comida consumida devido ao aumento dos preços dos alimentos", disse Jeremy Hobbs, diretor-executivo da Oxfam.

A Oxfam pede aos líderes das potências industrializadas e emergentes que "passem à ação para reparar um sistema alimentar falido".

"Devem regular os mercados de matérias-primas e reformular as políticas dos biocombustíveis para manter os preços dos alimentos sob controle. É preciso investir nos pequenos produtores dos países em desenvolvimento e ajudá-los a se adaptar à mudança climática", destacou Hobbs.

A pesquisa foi realizada de 6 de abril a 6 de maio, com 16.421 pessoas em 17 países, como parte da campanha lançada recentemente para eliminar a fome no planeta, que tem o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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