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Aliados de Merkel na Bavária sofrem revés nas eleições

Os aliados bávaros da chanceler alemã registraram neste domingo o pior resultado eleitoral desde 1950, perdendo votos para a extrema-direita

Primeiro Ministro Markus Soeder, do CSU, reage ao resultado eleitoral (Michael Dalder/Reuters)
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Reuters

Publicado em 14 de outubro de 2018 às 16h59.

BERLIM - Os aliados bávaros da chanceler alemã Angela Merkel registraram neste domingo o pior resultado eleitoral desde 1950, perdendo votos para a extrema-direita, em um revés que corre o risco de ampliar as divisões dentro do governo nacional da Alemanha propenso a crises.

A União Social Cristã (CSU) obteve 35,5 por cento dos votos, de acordo com pesquisa de boca de urna divulgada pela emissora ARD, perdendo sua maioria absoluta apenas pela segunda vez desde 1962 - um resultado que certamente trará lutas internas no partido, que já é um parceiro difícil para Merkel em Berlim.

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O resultado, que viu o Partido Verde pró-imigração ficar em segundo lugar e a Alternativa para Alemanha (AfD) de extrema direita entrar na assembléia estadual pela primeira vez, significa que a CSU precisará formar uma coalizão - uma humilhação para um partido acostumado a governar sozinho.

O líder da CSU, Horst Seehofer, tem sido um espinho ao lado de Merkel desde a decisão da chanceler de abrir as fronteiras da Alemanha para mais de 1 milhão de migrantes. Gradualmente, Seehofer mudou seu partido para a direita em um esforço fútil para conter a ascensão da AfD.

As divisões entre a União Democrata Cristã (CDU) de Merkel e a CSU - partidos conservadores irmãos - aumentaram ainda mais desde que uma eleição nacional inconclusiva os forçou a uma coalizão em março com os social-democratas de esquerda (SPD).

A eleição bávara é seguida em duas semanas por outro teste para a aliança conservadora de Merkel: sua CDU provavelmente continuará a ser o maior partido, mas perderá votos em uma votação regional no Estado ocidental de Hesse, sede do centro financeiro de Frankfurt.

A CDU realiza seu congresso anual em dezembro, quando Merkel buscará a reeleição como presidente do partido.

Antes do voto bávaro, Merkel pediu a seus aliados da CDU e da CSU que acabassem com seus embates internos.

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