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Alemanha proíbe principal site da esquerda radical

Governo também anunciou a apreensão de armas, em medidas que são derivadas de confrontos registrados durante última reunião de cúpula do G20

Protestos durante o G20: manifestações, barricadas e distúrbios contra o evento foram organizados a partir do site radical (Kai Pfaffenbach/Reuters)
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AFP

Publicado em 25 de agosto de 2017 às 09h06.

O ministro do Interior da Alemanha anunciou nesta sexta-feira a proibição da principal plataforma na internet da esquerda radical no país, e anunciou a apreensão de armas durante uma operação, duas medidas derivadas de confrontos registrados paralelamente à última reunião de cúpula do G20.

Durante a operação na sede do linksunten.indymedia.org em Freiburg, a polícia encontrou facas, tubos e estilingues, indicou o ministro do Interior, Thomas Maizière, político ligado a chanceler conservadora Angela Merkel, que no fim de setembro tentará obter um quarto mandato.

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"A partir de agora, o uso da página será uma infração penal", declarou o ministro, que pretende "puinir com força os extremistas de esquerda que podem ser violentos na Alemanha".

Para ele, a Indymedia é cenário "quase diário" de comentários de ódio, de propaganda ou inclusive "de assistência concreta" para cometer infrações, por exemplo, com debates sobre a fabricação de um coquetel molotov ou elogios ao incêndio do carro de um policial diante de sua casa.

O fórum foi particularmente ativo durante a reunião de cúpula do G20 no início de julho em Hamburgo. Manifestações, barricadas e distúrbios contra o evento foram organizados a partir do site.

Criada em 2009, a Indymedia se tornou a plataforma de internet mais visitada pela extrema-esquerda e permite a seus usuários publicar conteúdo de forma anônima.

Um colaborador divulgou em maio de 2016 os dados pessoais - incluindo endereço e número de telefone - de mais de 2.000 participantes do congresso do partido de direita nacionalista Alternativa para Alemanha (AfD).

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