Mundo

Alemanha e França descartam aumentar fundo de resgate europeu

Para Nicolas Sarkozy e Angela Merkel, Zona do Euro já tem verbas suficientes para apoiar países em dificuldades

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel (Michel Euler/AFP)

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel (Michel Euler/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2011 às 18h05.

Paris - O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chefe do governo alemão, Angela Merkel, rejeitaram nesta terça-feira ampliar o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), por considerar que este já dispõe de volumes "suficientes" para apoiar países em dificuldades da Zona do Euro.

O FEEF, criado em 2010 para socorrer Irlanda e Portugal, conta com 750 bilhões de euros, com uma capacidade efetiva de empréstimos de 440 bilhões que os economistas julgam insuficiente para apoiar países da dimensão de Espanha e Itália.

Para o presidente Sarkozy, o FEEF já detém um montante "absolutamente considerável que não foi, longe disso, esgotado em sua totalidade".

O fundo é "suficiente e a flexibilidade prevista, sobretudo quanto à intervenção para a recapitalização dos bancos é suficiente", insistiu.

A chanceler alemã lembrou por sua vez que os europeus buscam atuar "em duas direções: para a solidariedade com os que estão em dificuldade e a proteção da comum".

Segundo Merkel, é "importante também apoiar os esforços de uns e outros", citando o exemplo recente da Itália, que adotou um severo programa para reduzir os gastos.

Ambos os líderes decidiram propor ao presidente da UE, Herman Van Rompuy, que o FEEF, considerado um "fundo monetário europeu", "seja dotado de capacidade de análise próprio para poder julgar o estado das economias por si mesmo".

O presidente francês completou que esse fundo, "em acordo com as autoridades independentes do Banco Central Europeu, será suficiente para fazer frente às tentativas especulativas e de estabilização de nossa moeda".

Sarkozy disse também que a Zona do Euro se dirigia "rumo a uma integração econômica reforçada", capaz de protegê-la em caso de crise.

"Vamos seguir rumo a uma integração econômica reforçada da Zona do Euro", declarou Sarkozy em uma entrevista coletiva à imprensa ao lado da chanceler alemã. Ele concedeu essas declarações após a cúpula bilateral na qual ambos os líderes propuseram um governo econômico comum para os 17 países que possuem a moeda única europeia.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaAngela MerkelEuropaFrançaNicolas SarkozyPaíses ricosPersonalidadesPolíticosUnião Europeia

Mais de Mundo

Violência após eleição presidencial deixa mais de 20 mortos em Moçambique

38 pessoas morreram em queda de avião no Azerbaijão, diz autoridade do Cazaquistão

Desi Bouterse, ex-ditador do Suriname e foragido da justiça, morre aos 79 anos

Petro anuncia aumento de 9,54% no salário mínimo na Colômbia