Berlim - O governo da Alemanha anunciou nesta quarta-feira que irá enviar material militar ao Iraque para ajudar as forças de segurança curdas a combater o avanço do terrorismo da organização jihadista Estado Islâmico (EI).
O ministro das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, e a ministra da Defesa, Ursula von der Leyen, anunciaram em entrevista coletiva que "nos próximos dias" começarão a enviar equipamentos como coletes a prova de balas, capacetes, óculos de visão noturna e detectores de explosivos e que, dependendo da evolução no terreno, também mandarão armas.
A ajuda humanitária que a Alemanha começou a enviar ao norte do Iraque na semana passada "é importante, mas não é suficiente", disse Steinmeier.
O ministro acrescentou que a decisão, tomada durante uma reunião realizada nesta manhã entre ele, Von der Leyen e a chanceler, Angela Merkel, prevê em uma segunda fase o envio de armamento.
A Alemanha e a Europa não podem ser "indiferentes" ao "inimaginável sofrimento" dos refugiados no norte do Iraque, que fugiram de seus lares diante do "brutal" avanço de EI, argumentou Steinmeier.
Segundo sua opinião, não ajudar a interromper os terroristas sunitas poderia provocar sua expansão incontrolável pelo Oriente Médio, o que desestabilizaria a região totalmente e teria grandes repercussões para a Europa e Alemanha.
"O Estado Islâmico deve ser detido. Não devemos perder tempo", disse Von der Leyen.
O governo alemão tinha mostrado até o momento reticente a ajudar o Iraque com material militar e enviava apenas ajuda humanitária, mas a posição do Executivo mudou por causa da visita do ministro das Relações Exteriores ao país árabe.
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1. No topo da cadeia militar
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1/12 (Vernon Pugh/Wikimedia Commons)
São Paulo - A
Ucrânia despertou novamente a rivalidade entre
Rússia e
Estados Unidos, mas a verdade é que o mercado de defesa mundial nunca deixou de depender dos dois antigos rivais. Juntos, eles foram responsáveis por 56% do total de armas exportadas no mundo entre 2009 e 2013, de acordo com um
novo relatório do Stockholm International Peace Research Institute. A maior surpresa é a escalada da
China, que exportou 212% mais do que no período anterior e conquistou a quarta posição. Veja a seguir quais são os 10 países que mais exportaram armas - o que inclui equipamento militar como aviões e navios - entre 2009 e 2013:
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2. 1. Estados Unidos
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2/12 (James R. Evans / US Navy)
Os Estados Unidos foram responsáveis por 29% das armas exportadas e 61% deste volume foi de aeronaves Principais parceiros: 1) Austrália (10%) 2) Coreia do Sul (10%) 3) Emirados Árabes Unidos (9%)
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3. 2. Rússia
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3/12 (Fred Tanneau/AFP)
A Rússia foi responsável por 27% das armas exportadas e é a maior exportadora de navios, incluindo o único submarino nuclear exportado no período Principais parceiros: 1) Índia (38%) 2) China (12%) 3) Algéria (11%)
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4. 3. Alemanha
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4/12 (Hannelore Foerster/Bloomberg)
A Alemanha foi responsável por 7% das armas exportadas e seu volume exportado diminuiu 24% em relação ao período 2004-2008 Principais parceiros: 1) Estados Unidos (10%) 2) Grécia (8%) 3) Israel (8%)
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5. 4. China
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5/12 (Nelson Ching/Bloomberg)
A China é responsável por 6% das armas exportadas e o volume exportado subiu 212% em relação ao período 2004-2008 Principais parceiros: 1) Paquistão (47%) 2) Bangladesh (13%) 3) Mianmar (9%)
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6. 5. França
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6/12 (Alastair Miller/Bloomberg)
A França foi responsável por 5% das armas exportadas e o volume exportado teve queda de 30% em relação ao período 2004-2008 Principais parceiros: 1) China (13%) 2) Marrocos (11%) 3) Singapura (10%)
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7. 6. Reino Unido
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7/12 (Chris Ratcliffe/Bloomberg)
O Reino Unido é responsável por 4% das armas exportadas, a mesma proporção do período 2004-2008 Principais parceiros: 1) Arábia Saudita (42%) 2) Estados Unidos (18%) 3) Índia (11%)
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8. 7. Espanha
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8/12 (GettyImages)
A Espanha foi responsável por 3% das armas exportadas e teve um aumento de cerca de 80% no volume exportado em relação ao período 2004-2008 Principais parceiros: 1) Noruega (21%) 2) Austrália (12%) 3) Venezuela (8%)
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9. 8. Ucrânia
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9/12 (Yuriy Dyachsyshyn/AFP)
A Ucrânia foi responsável por 3% das armas exportadas e teve aumento de cerca de 75% no volume exportado em relação ao período 2004-2008 Principais parceiros: 1) China (21%) 2) Paquistão (8%) 3) Rússia (7%)
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10. 9. Itália
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10/12 (Victor Sokolowicz/Bloomberg)
A Itália foi responsável por 3% das armas exportadas, o que incluiu polêmicos envios para a Líbia ainda na época de Kadafi Principais parceiros: 1) Índia (10%) 2) Emirados Árabes Unidos (9%) 3) Estados Unidos (8%)
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11. 10. Israel
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11/12 (Baz Ratner/Reuters)
Israel é responsável por
2% das armas exportadas e já foi acusado de
não divulgar todos os seus acordos Principais parceiros: 1) Índia (33%) 2) Turquia (13%) 3) Emirados Árabes Unidos (9%)
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12/12 (Divulgação)