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Alemanha assume controle de refinarias da empresa russa Rosneft

As subsidiárias da Rosneft na Alemanha respondem por 12% da capacidade de refino do país

Rosneft (Agence France-Presse/AFP)

Rosneft (Agence France-Presse/AFP)

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Publicado em 16 de setembro de 2022 às 12h13.

Última atualização em 16 de setembro de 2022 às 12h18.

O governo alemão colocou nesta sexta-feira (16) sob tutela as atividades do grupo petrolífero russo Rosneft, que tem várias refinarias no seu território, para melhor garantir o abastecimento energético do país.

As subsidiárias da Rosneft na Alemanha respondem por 12% da capacidade de refino do país. A partir de agora estão "sob administração fiduciária" da agência nacional responsável pela gestão das redes de energia, disse o Ministério da Economia alemão em nota.

O objetivo desta tutela, segundo o ministério, é "responder aos riscos que pesam sobre a segurança desses abastecimentos" da energia.

A tutela entra em vigor nesta sexta-feira e é inicialmente limitada a seis meses.

Dessa forma, "seremos menos dependentes da Rússia e das decisões que lá forem tomadas", comentou o chanceler Olaf Scholz durante entrevista coletiva.

A Alemanha já assumiu o controle da antiga subsidiária alemã da Gazprom, a Gazprom Germania, no início de abril, desta vez para garantir seu fornecimento de gás.

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Em seguida, o governo alemão teve que alocar uma ajuda de 9 a 10 bilhões de euros para salvar esta entidade ameaçada de falência.

O governo de Berlim tem agora a atenção voltada particularmente para a refinaria de Schwedt, no leste do país, que garante o fornecimento de produtos de petróleo para toda a região de Berlim.

O funcionamento desta refinaria, controlada majoritariamente pela Rosneft, foi muito prejudicado desde que o governo de Olaf Scholz decidiu reduzir drasticamente suas importações de petróleo russo, em represália pela invasão da Ucrânia.

O objetivo no final do ano é dispensar completamente essas importações.

A refinaria de Schwedt até agora processa apenas petróleo russo entregue através do oleoduto Druzhba (“amizade” em russo).

Mas como Berlim visa acabar com as importações russas até o final do ano, o governo deve forçar a conversão do local.

Ao assumir o controle, Berlim também quer evitar que a refinaria seja desapropriada de certos ativos por seu proprietário, ou mesmo liquidada por falta de dinheiro suficiente ou petróleo russo.

Assim, as autoridades alemãs poderão organizar o abastecimento da usina com petróleo de outros países que não sejam a Rússia.

A tutela diz respeito às subsidiárias Rosneft Germany (RDG) e à empresa RN Refining & Marketing (RNRM), que detêm participações em três grandes refinarias alemãs.

A principal economia da Europa já reduziu sua dependência das importações russas de petróleo, que representavam 35% de suas necessidades antes da guerra da Rússia na Ucrânia.

Paralelamente, a Rússia suspendeu suas entregas de gás ao país, que não poderá substituí-las completamente antes de 2024, de acordo com as últimas previsões do governo.

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