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Al Jazeera acusa autoridades do Egito de intimidação

Rede pan-árabe de televisão rejeitou as acusações de parcialidade pró-islâmica na cobertura da crise no Egito

Apoiadora do presidente deposto do Egito, Mohamed Mursi, aponta para túmulo simbólico de manifestante morto durante conflitos com opositores próximo à Universidade do Cairo (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

Apoiadora do presidente deposto do Egito, Mohamed Mursi, aponta para túmulo simbólico de manifestante morto durante conflitos com opositores próximo à Universidade do Cairo (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2013 às 17h20.

Doha - A rede pan-árabe de televisão Al Jazeera acusou as autoridades egípcias nesta terça-feira de promover uma campanha contínua de intimidação contra suas equipes e rejeitou as acusações de parcialidade pró-islâmica na cobertura da crise no Egito.

Horas após os militares egípcios destituírem o presidente islâmico Mohamed Mursi em 3 de julho, as forças de segurança invadiram os escritórios da Al Jazeera no Cairo, que fontes militares acusaram, no momento da transmissão, de "incitação".

Com sede no Catar, país do Golfo Árabe visto como simpático à Irmandade Muçulmana da Mursi, a Al Jazeera foi criticada por muitos egípcios por seu viés na cobertura de seu país.

A Al Jazeera disse que as autoridades têm "apertado o controle sobre a liberdade de funcionários da Al Jazeera" durante as últimas três semanas.

Autoridades egípcias não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto, no Cairo, que se encontra em feriado nacional.

A Al Jazeera disse em um comunicado que as autoridades egípcias tinham iniciado um processo judicial sob a alegação de que a rede árabe havia roubado dois feeds de transmissão da televisão estatal e os usou para transmitir os protestos na praça onde partidários de Mursi estão acampados desde a sua expulsão.

A rede de televisão, que ganhou destaque por sua cobertura ao vivo de uma região outrora dominada pela mídia estatal, também disse que seus funcionários estavam sendo impedidos de cobrir coletivas de imprensa oficiais e que estavam recebendo inúmeras ameaças.

"Não há verdade no que está sendo publicado nesta campanha sobre a parcialidade da Al Jazeera a favor de um lado da equação política atual. Estas são acusações sem prova", disse o comunicado.

Ghassan Abu Hussein, um porta-voz da Al Jazeera, disse: "Apesar dos desafios enfrentados pela rede no Egito, a Al Jazeera afirma seu compromisso com sua política editorial, baseada nos mais altos níveis profissionais e uma cobertura em que integridade, objetividade e equilíbrio são óbvios." Hussein disse que a rede está preocupada com a vida, a segurança e a liberdade de seus funcionários devido à "campanha" egípcia contra ela.

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