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Ajuda ao desenvolvimento bateu recorde em 2010

Apesar do recorde de US$ 129 bilhões em ajuda, a OCDE destacou que número ainda está abixo do prometido pelos países ricos

A ajuda ao desenvolvimento cresceu  6,5% em 2010 (Christopher Furlong/Getty Images)

A ajuda ao desenvolvimento cresceu 6,5% em 2010 (Christopher Furlong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2011 às 17h13.

Paris - A ajuda pública ao desenvolvimento (APD) dos países ricos chegou aos 129 bilhões de dólares em 2010, um recorde, apesar da crise, apesar de a cifra ser inferior às promessas feitas por essas nações, anunciou nesta quarta-feira a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento (OCDE).

A ajuda dos 23 países do Comitê de Ajuda ao Desenvolvimento (CAD), que reúne os principais doadores, alcançou 129 bilhões de dólares em 2010, segundo o balanço anual.

"Trata-se do nível mais alto alcançado até agora em termos reais e supõe um aumento de 6,5% em relação a 2009", acrescenta o clube dos países mais ricos do planeta. Em 2010, a APD representou 0,32% do Produto Interno Bruto (PIB) destes países, frente a 0,31% do ano anterior.

No entanto, as promessas feitas em 2005 para alcançar os objetivos do Milênio não foram cumpridas.

"Faltam ainda 19 bilhões de dólares", diz a OCDE.

Na cúpula de Gleneagles (Grã-Bretanha), em 2005, "os doadores do G8 contemplaram um aumento de 25 bilhões de dólares de APD para a África", recorda a organização. "Mas as estimativas preliminares indicam que a África recebeu apenas 11 bilhões adicionais".

Os 15 Estados membros tanto do CAD como da União Europeia (UE), que havia se comprometido em aumentar a ajuda a 0,51% de seu PIB em 2010, só chegaram a 0,46%, ainda longe do objetivo de 0,7% fixado para 2015.

Alguns países são mais disciplinados que outros. Bélgica e Finlândia superam o limite de 0,51%, enquanto a Suécia, Dinamarca, Luxemburgo e Holanda superaram 0,7%.

Os Estados Unidos, primeiro doador em volume, respeitam desde 2009 sua promessa de dobrar a ajuda à África subsaariana em relação a 2004.

Em compensação, Alemanha e Itália estão muito longe de seus compromissos.

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