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AIEA garante que Coreia do Norte reativou atividades nucleares

Apesar do acordo feito com os EUA este ano, a AIEA afirma que a Coreia do Norte tomou medidas que indicam uma reativação do centro nuclear de Yongbyon

Coreia do Norte: o líder norte-coreano assinou um acordo a favor da desnuclearização da Península Coreana (KCNA/Reuters)

Coreia do Norte: o líder norte-coreano assinou um acordo a favor da desnuclearização da Península Coreana (KCNA/Reuters)

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EFE

Publicado em 22 de novembro de 2018 às 11h53.

Última atualização em 22 de novembro de 2018 às 11h53.

Viena - Ao contrário do que foi prometido em setembro na última cúpula intercoreana, a Coreia do Norte não começou com o desmantelamento do centro nuclear de Yongbyon, mas tomou medidas que indicam uma reativação, advertiu nesta quinta-feira a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a agência nuclear da ONU.

"Foram observadas atividades em Yongbyon perto do rio Kuryong que poderiam estar relacionadas com mudanças na infraestrutura de refrigeração para o reator de 5MW e o reator de água leve", afirmou o diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano.

Os líderes da Coreia do Norte e da Coreia do Sul chegaram a um acordo durante a cúpula de 19 de setembro que Pyongyang daria passos para desmantelar Yongbyon, em troca de "medidas correspondentes" dos Estados Unidos.

Sem fazer referência a essas medidas, Amano detalhou hoje "que no reator de água leve, a agência também observou atividades consistentes com a fabricação de compostos de reator e o possível envio destas partes ao interior do edifício do reator"

"É provável que o reator de 5MW tenha sido desligado enquanto algumas dessas atividades foram feitas", concluiu Amano diante da Junta de Governadores da agência, reunida hoje em Viena.

Os inspetores da AIEA foram expulsos da Coreia do Norte em abril de 2009 e, desde então, supervisionam as atividades atômicas no país somente através de imagens de satélite e outras fontes.

Por isso, o diretor-geral da AIEA, um ex-diplomata do Japão, destacou hoje que "sem acesso, a agência não pode confirmar a natureza, nem o propósito de tais atividades".

A Coreia do Norte, um dos países mais isolados do planeta, dispõe de várias ogivas nucleares e trabalha em mísseis balísticos que poderiam atingir o território dos Estados Unidos.

Em junho, os líderes de Estados Unidos, Donald Trump, e Coreia do Norte, Kim Jong-Un, se reuniram em uma cúpula histórica em Singapura, onde concordaram em trabalhar em favor de uma desnuclearização da Península Coreana.

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