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Ahmadinejad: nenhuma proposta deterá programa nuclear iraniano

Presidente do país acusou a Agência Internacional de Energia Atômica de ser uma marionete dos EUA

Reator nuclear iraniano: país mantém o polêmico programa (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2011 às 17h46.

Teerã - O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, criticou duramente nesta terça-feira a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e advertiu que nenhuma proposta deterá a corrida nuclear de seu país.

Em entrevista coletiva concedida no palácio presidencial, no sul da capital, o líder acusou o organismo internacional de ser uma marionete nas mãos dos Estados Unidos.

"Como já indiquei em várias ocasiões, estamos preparados para manter um diálogo com as grandes potências e chegar a um acordo. Mas também disse antes que a questão nuclear é como um trem, sem freios e sem marcha à ré, o que significa que não haverá compromisso", declarou.

"Tecnicamente, avançamos muito rápido. As centrífugas funcionam, algumas novas já estão a caminho e continuamos com nossos experimentos, tudo isso com o esforço de especialistas de nosso país", acrescentou.

Ahmadinejad comentava assim um recente relatório apresentado pelo secretário-geral da AIEA, Yukiya Amano, no qual são apontadas suspeitas de que o Irã manteve uma atividade nuclear secreta com fins bélicos até pelo menos 2010.

"Acho que esse tipo de posições não são dignas do diretor-geral da AIEA. Ele se movimenta em um caminho que afeta a credibilidade da agência. As posições políticas não devem influir no trabalho da agência, eles recebem ordens dos EUA", contestou o líder.

Ahmadinejad revelou que durante sua recente viagem a Istambul pediu ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que oriente Amano a tratar o tema nuclear do Irã como o do Japão.

"Os níveis de radiação declarados no Japão pela AIEA são duas vezes inferiores à realidade. Se buscam a realidade, devem admitir a porcentagem correta de radiação", ressaltou.

A este respeito, o polêmico presidente iraniano insistiu que seu país se ajusta às normas internacionais e coopera totalmente com a AIEA, mas que o conflito tem uma vertente política cujo único objetivo é prejudicar o país para evitar seu progresso.

"No que se refere à questão política, temos um problema porque a outra parte não faz mais do que buscar desculpas para prejudicar a imagem do Irã alegando que estamos em busca da bomba atômica, o que não é verdade", disse.

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Teerã - O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, criticou duramente nesta terça-feira a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e advertiu que nenhuma proposta deterá a corrida nuclear de seu país.

Em entrevista coletiva concedida no palácio presidencial, no sul da capital, o líder acusou o organismo internacional de ser uma marionete nas mãos dos Estados Unidos.

"Como já indiquei em várias ocasiões, estamos preparados para manter um diálogo com as grandes potências e chegar a um acordo. Mas também disse antes que a questão nuclear é como um trem, sem freios e sem marcha à ré, o que significa que não haverá compromisso", declarou.

"Tecnicamente, avançamos muito rápido. As centrífugas funcionam, algumas novas já estão a caminho e continuamos com nossos experimentos, tudo isso com o esforço de especialistas de nosso país", acrescentou.

Ahmadinejad comentava assim um recente relatório apresentado pelo secretário-geral da AIEA, Yukiya Amano, no qual são apontadas suspeitas de que o Irã manteve uma atividade nuclear secreta com fins bélicos até pelo menos 2010.

"Acho que esse tipo de posições não são dignas do diretor-geral da AIEA. Ele se movimenta em um caminho que afeta a credibilidade da agência. As posições políticas não devem influir no trabalho da agência, eles recebem ordens dos EUA", contestou o líder.

Ahmadinejad revelou que durante sua recente viagem a Istambul pediu ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que oriente Amano a tratar o tema nuclear do Irã como o do Japão.

"Os níveis de radiação declarados no Japão pela AIEA são duas vezes inferiores à realidade. Se buscam a realidade, devem admitir a porcentagem correta de radiação", ressaltou.

A este respeito, o polêmico presidente iraniano insistiu que seu país se ajusta às normas internacionais e coopera totalmente com a AIEA, mas que o conflito tem uma vertente política cujo único objetivo é prejudicar o país para evitar seu progresso.

"No que se refere à questão política, temos um problema porque a outra parte não faz mais do que buscar desculpas para prejudicar a imagem do Irã alegando que estamos em busca da bomba atômica, o que não é verdade", disse.

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