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Ahmadinejad critica coação para impor valores islâmicos

"As coisas não podem ser impostas com diretrizes e decretos (...) Uma eleição imposta pela força não tem nenhum valor", declarou

Mahmud Ahmadinejad: presidente também criticou critérios de seleção dos candidatos à universidade, citando o caso de um estudante rejeitado nos anos 1980 porque se barbeava (AFP/ Adek Berry)
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Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2012 às 11h30.

Teerã - O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, voltou a criticar que se recorra à coação para impor os valores islâmicos à população, informaram nesta segunda-feira os meios de comunicação iranianos.

"As coisas não podem ser impostas com diretrizes e decretos (...) Uma eleição imposta pela força não tem nenhum valor", declarou o presidente Ahmadinejad durante um discurso pronunciado no domingo e reproduzido pela agência oficial Irna.

"Em algumas universidades, as estudantes são obrigadas a utilizar o chador (véu tradicional que cobre o corpo da cabeça aos pés). Mas algumas o utilizam de tal maneira que seria preferível que não o utilizassem. Coagir as mulheres para obrigá-las a vestir o chador não tem valor nenhum", acrescentou Ahmadinejad.

O presidente iraniano também criticou alguns dos critérios de seleção dos candidatos à universidade, citando o caso de um estudante cuja inscrição foi rejeitada nos anos 1980 porque se barbeava. No Irã deve-se deixar a barba crescer para demonstrar que é um bom muçulmano.

Também falou do caso de uma jovem que, na mesma época, foi rejeitada porque "falou com um homem na rua e seu véu retrocedeu um centímetro".

Ahmadinejad acrescentou que nas duas ocasiões interveio para conseguir que entrassem na universidade, já que participava da comissão de seleção.

O líder iraniano também denunciou as perguntas formuladas aos candidatos nas entrevistas de contratação na administração. "Perguntam às pessoas se beberam álcool ou mantiveram relações sexuais ilegítimas, o que é um insulto e é contrário à religião".

A coação "encoraja a duplicidade no povo", disse.

Ahmadinejad, que termina seu segundo e último mandato presidencial em 2013, foi alvo em várias ocasiões da ira dos ultraconservadores religiosos do regime nestes últimos anos por ter defendido uma visão mais liberal do islã, criticando especialmente o recurso à coação para obrigar as mulheres a utilizar o véu islâmico.

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Teerã - O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, voltou a criticar que se recorra à coação para impor os valores islâmicos à população, informaram nesta segunda-feira os meios de comunicação iranianos.

"As coisas não podem ser impostas com diretrizes e decretos (...) Uma eleição imposta pela força não tem nenhum valor", declarou o presidente Ahmadinejad durante um discurso pronunciado no domingo e reproduzido pela agência oficial Irna.

"Em algumas universidades, as estudantes são obrigadas a utilizar o chador (véu tradicional que cobre o corpo da cabeça aos pés). Mas algumas o utilizam de tal maneira que seria preferível que não o utilizassem. Coagir as mulheres para obrigá-las a vestir o chador não tem valor nenhum", acrescentou Ahmadinejad.

O presidente iraniano também criticou alguns dos critérios de seleção dos candidatos à universidade, citando o caso de um estudante cuja inscrição foi rejeitada nos anos 1980 porque se barbeava. No Irã deve-se deixar a barba crescer para demonstrar que é um bom muçulmano.

Também falou do caso de uma jovem que, na mesma época, foi rejeitada porque "falou com um homem na rua e seu véu retrocedeu um centímetro".

Ahmadinejad acrescentou que nas duas ocasiões interveio para conseguir que entrassem na universidade, já que participava da comissão de seleção.

O líder iraniano também denunciou as perguntas formuladas aos candidatos nas entrevistas de contratação na administração. "Perguntam às pessoas se beberam álcool ou mantiveram relações sexuais ilegítimas, o que é um insulto e é contrário à religião".

A coação "encoraja a duplicidade no povo", disse.

Ahmadinejad, que termina seu segundo e último mandato presidencial em 2013, foi alvo em várias ocasiões da ira dos ultraconservadores religiosos do regime nestes últimos anos por ter defendido uma visão mais liberal do islã, criticando especialmente o recurso à coação para obrigar as mulheres a utilizar o véu islâmico.

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