(E-D) Os agentes Ramon Labaniño, Antonio Guerrero e Fernando Gonzales: na primeira viagem internacional que realizam juntos após serem postos em liberdade, os cinco se dirigiram à praça Bolívar, onde depositaram flores a Simón Bolívar (AFP/ Juan Barreto)
Da Redação
Publicado em 4 de maio de 2015 às 16h48.
Caracas - Os agentes cubanos conhecidos como os "cinco heróis", que foram libertados pelos Estados Unidos em 2013 e 2014 após a prisão em 1998, receberam as chaves de Caracas em um ato oficial celebrado nesta segunda-feira na praça Bolívar, na capital venezuelana.
"O chefe de governo do Distrito Capital (Ernesto Villegas) e o prefeito de Caracas (município Libertador) lhes outorgam as chaves de Caracas para que saibam que as portas desta cidade e desta pátria estarão sempre abertas para vocês", disse o prefeito Jorge Rodríguez.
Na primeira viagem internacional que realizam juntos após serem postos em liberdade, Antonio Guerrero, Fernando González, Gerardo Hernández, Ramón Labañino e René González chegaram na manhã desta segunda-feira em Caracas e se dirigiram à praça Bolívar, onde depositaram flores a Simón Bolívar.
"Desde que coloquei o pé na Venezuela, sabia que não era preciso chaves para um cubano entrar em Caracas", expressou René González, que lembrou que já um ano esteve no mesmo lugar em um ato simbólico parecido.
Espera-se que os "cinco heróis", que estarão até sábado participando de atividades nos Estados Carabobo, Aragua, Zulia, Anzoátegui e Barinas, visitem nesta mesma segunda-feira o Cuartel de la Montaña, lugar onde estão os restos do presidente Hugo Chávez (1999-2013).
"Os cinco heróis", como são conhecidos em Havana, foram presos em 1998 acusados de integrar a "Rede Vespa", a maior organização de espiões cubanos detectados em operação nos Estados Unidos, e condenados em 2001 a duras penas de prisão.
O governo cubano, que promoveu uma forte campanha internacional por sua libertação, sempre garantiu que eles vigiavam os grupos anticastristas de Miami e não espionavam os Estados Unidos.
René e Fernando González foram soltos com o fim de suas penas, respectivamente no início de 2013 e 2014. Hernández, Guerrero e Labañino foram trocados pelo americano Alan Gross e um espião de Washington de origem cubana em dezembro, após o histórico anúncio dos presidentes Barack Obama e Raúl Castro de restabelecer as relações bilaterais, após meio século de ruptura.