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África concentra 90% das crianças com HIV

"Cinquenta por cento destas crianças que nascem com aids morrem antes do seu quinto aniversário" denunciou o diretor-executivo da ONUaids


	Crianças africanas: "cinquenta por cento destas crianças que nascem com aids morrem antes do seu quinto aniversário" denunciou o diretor-executivo da ONUaids
 (Tiksa Negeri / Reuters/Reuters)

Crianças africanas: "cinquenta por cento destas crianças que nascem com aids morrem antes do seu quinto aniversário" denunciou o diretor-executivo da ONUaids (Tiksa Negeri / Reuters/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2016 às 16h50.

A África abriga quase a totalidade das crianças infectadas pelo vírus HIV no mundo, lamentou nesta terça-feira, em Abidjã, o diretor-executivo da ONUaids, Michel Sidibé, que pediu que os menores tenham acesso universal ao tratamento antirretroviral.

"É uma questão de justiça social (...), uma questão de desigualdade profunda porque 90% das crianças que vivem com aids se encontram, infelizmente, na África", afirmou Sidibé na abertura de uma reunião sobre a aids e as crianças, que foi assistida por uma dezena de ministros de Saúde do continente e especialistas internacionais.

"Cinquenta por cento destas crianças que nascem com aids morrem antes do seu quinto aniversário" porque não têm "a sorte de ter acesso aos serviços à disposição das demais crianças do resto do mundo", denunciou o diretor-executivo da ONUaids.

"O acesso universal ao tratamento para as crianças deve se transformar em realidade", pediu.

A questão do HIV pediátrico tem um "caráter importante e urgente", assegurou por sua parte Dominique Ouattara, primeira-dama da Costa do Marfim e embaixadora da ONUaids para a eliminação da transmissão de mãe para filho.

Na Costa do Marfim, "somente 18% dos menores de 5 anos que vivem com o HIV/aids têm acesso ao tratamento antirretroviral", recordou Terence McCulley, embaixador americano na Costa do Marfim.

Cinco milhões de pessoas seguem sem ter acesso ao tratamento contra o HIV/aids na África central e ocidental, segundo informação da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), publicado em março.

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