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Affiris fará 1º teste clínico para vacina contra Parkinson

A vacina terapêutica ataca uma proteína que desempenha um papel importante no desenvolvimento e na progressão da doença

Vacina oferece perspectiva de um tratamento das causas do mal de Parkinson, e não apenas dos sintomas, destaca a empresa
 (Nicholas Kamm/AFP)

Vacina oferece perspectiva de um tratamento das causas do mal de Parkinson, e não apenas dos sintomas, destaca a empresa (Nicholas Kamm/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2012 às 11h27.

Viena - O primeiro teste em pacientes para elaborar uma vacina terapêutica contra o mal de Parkinson teve início na Áustria, uma novidade mundial, anunciou a empresa de biotecnologia austríaca Affiris.

"O primeiro estudo clínico no mundo para o desenvolvimento de uma vacina contra o mal de Parkinson foi lançado pela Affiris", afirma a empresa em um comunicado.

A vacina terapêutica, chamada PDO1A, ataca uma proteína, a alfa-sinucleína, que desempenha um papel importante no desenvolvimento e na progressão da doença. A PDO1A deve "educar o sistema imunológico para que este gere anticorpos dirigidos contra a alfa-sinucleína", explica a Affiris.

"A vacina oferece pela primeira vez a perspectiva de um tratamento das causas do mal de Parkinson, e não apenas dos sintomas", destaca a empresa.

Segundo o conhecimento atual, o mal de Parkinson é provocado por depósitos no cérebro de alfa-sinucleína de forma patológica. Uma redução dos depósitos desta proteína poderia ter efeitos benéficos na evolução da doença, de acordo com a Affiris.

"Pela primeira vez no mundo, a imunoterapia é aplicada ao tratamento do mal de Parkinson", afirmou o diretor geral da empresa, Walter Schmidt.

A vacina entrou na primeira etapa de seu teste clínico, efetuado em 32 pacientes em uma clínica de Viena. A primeira fase pretende determinar e a PDO1A é tolerável e segura para o ser humano.

Cada paciente é submetido a testes durante 12 meses e o estudo prosseguirá até o fim de 2012, segundo o diretor médico do estudo para a Affiris, Achim Schneeberger.

O estudo recebeu apoio financeiro da fundação do ator americano Michael J. Fox, que sofre do mal de Parkinson, de 1,5 milhão de dólares.

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