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Afeganistão nega que Paquistão tenha começado a cercar fronteira

O Paquistão anunciou no fim de semana que começou a levantar cercas em duas áreas do país contíguas com o Afeganistão

Afeganistão: anúncio do Paquistão acontece uma semana depois da reabertura das principais passagens fronteiriças (Ahamad Nadeem/Reuters)

Afeganistão: anúncio do Paquistão acontece uma semana depois da reabertura das principais passagens fronteiriças (Ahamad Nadeem/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de março de 2017 às 13h56.

Última atualização em 13 de abril de 2017 às 15h03.

Cabul - O governo afegão negou nesta terça-feira que o Paquistão tenha começado a construir uma cerca em sua disputada fronteira para evitar a entrada de terroristas em seu território, como anunciou Islamabad em meio a uma deterioração das relações diplomáticas entre ambos países.

"De acordo com nossa informação de inteligência de segurança, o Paquistão não fez nada ao longo da Linha" Durand, como é conhecida a fronteira criada após um acordo entre os britânicos e Cabul no século XIX, indicou em entrevista coletiva um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores afegão, Shakib Ahmad Mustaghni.

O Afeganistão, que não reconhece a Linha Durand, considera que qualquer construção na zona sem um acordo prévio entre ambos governos será "improdutivo, impossível e pouco prático", acrescentou o porta-voz.

O Paquistão anunciou no fim de semana que começou a levantar cercas em duas áreas tribais do noroeste do país contíguas com o Afeganistão, zonas quase sem controle do estado e que servem de refúgio a membros da Al Qaeda e jihadistas afegãos e paquistaneses.

O anúncio acontece uma semana depois da reabertura das principais passagens fronteiriças, fechadas durante um mês após um ataque com 88 mortos no sul do Paquistão do qual Islamabad responsabilizou insurgentes supostamente refugiados do outro lado da fronteira.

No ano passado o levantamento por parte do Paquistão de instalações na passagem de Torkham, o principal entre ambos países, ressuscitou uma disputa fronteiriça com uma troca de tiros que deixou seis mortos e 31 feridos, e o fechamento temporário da fronteira.

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