Bradley Manning é suspeito de ter vazado milhares de comunicações diplomáticas secretas (Daniel Joseph Barnhart Clark/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 21 de janeiro de 2011 às 12h57.
Última atualização em 8 de fevereiro de 2017 às 16h58.
Washington - O advogado que representa o soldado Bradley Manning, suspeito de entregar milhares de documentos confidenciais ao site WikiLeaks, denunciou que seu cliente foi vítima de maus tratos na prisão militar, informou nesta sexta-feira o jornal "The Washington Post".
Segundo o advogado David E. Coombs, os comandantes da prisão na base Quantico do Corpo de Infantaria da Marinha, onde o soldado de 23 anos está preso, puseram Manning sob "observação por risco de suicídio" durante dois dias nesta semana "contrariando as recomendações do psiquiatra legista" da prisão.
"Durante este tempo Manning foi forçado a permanecer em sua cela durante o dia e a noite só de cueca e sem óculos, exceto na hora de assistir a televisão ou quando estava lendo", declarou o advogado ao jornal.
Um relator especial das Nações Unidas sobre torturas apresentou ao Departamento de Estado um pedido formal de detalhes sobre o tratamento de Manning.
Coombs disse que o comandante da prisão militar James Averhart determinou que o soldado podia cometer suicídio.