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Advogada midiática se torna a primeira mulher presidente da Eslovênia

Natasa Pirc Musar foi advogada da ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump

A candidata liberal à Presidência eslovena, Natasa Pirc Musar, em debate na televisão em 17 de outubro de 2022, em Liubliana (Agence France-Presse/AFP)

A candidata liberal à Presidência eslovena, Natasa Pirc Musar, em debate na televisão em 17 de outubro de 2022, em Liubliana (Agence France-Presse/AFP)

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AFP

Publicado em 13 de novembro de 2022 às 21h07.

Os eslovenos elegeram neste domingo, 13, a renomada advogada e novata na política, Natasa Pirc Musar, como primeira presidente do país europeu, segundo os resultados publicados pela Comissão eleitoral.

O cargo de presidente na Eslovênia é essencialmente protocolar. O país é governado pelo primeiro-ministro Robert Golob, eleito pelo parlamento em maio deste ano.

Musar, de 54 anos, foi advogada da ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump. De origem eslovena, a nova presidente obteve 54% dos votos, segundo a apuração de mais da metade das urnas.

Seu rival, o conservador Anze Logar, ex-ministro das Relações Exteriores que ganhou o primeiro turno em 23 de outubro, obteve 46% dos votos.

Em um país dividido após o mandato do ex-primeiro-ministro Janez Jansa, Natasa Pirc Musar fez um apelo à "unidade" e pediu que as "disputas" fossem deixadas de lado.

"Minha primeira ação será convidar todos os líderes dos partidos políticos ao palácio presidencial", disse em Liubliana, a capital.

Pirc Musar também afirmou sua confiança "na União Europeia e nos valores democráticos sobre os quais foi fundada".

Com 2 milhões de habitantes, a Eslovênia fez parte da Iugoslávia e é membro da União Europeia (UE) desde 2004.

O ganhador das eleições sucederá a Borut Pahor, de 58 anos, que teve dois mandatos de cinco anos.

Durante a campanha, a candidata, que se define como "liberal", destacou seu desejo de dar mais conteúdo a este cargo essencialmente protocolar.

"O presidente não pode ser neutro, tem que ter uma opinião", ser "uma autoridade moral", disse ela à AFP entre o primeiro e o segundo turno do pleito. "Nunca tive medo de fazer minha voz ser ouvida", frisou.

O chefe de Estado em fim de mandato, Borut Pahor, que não pôde concorrer à reeleição após dois mandatos, foi criticado por sua passividade em relação a Janez Jansa.

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