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Acnur elogia UE por avanços no apoio a refugiados

O presidente do Conselho Europeu anunciou na quarta-feira que os líderes da União Europeia (UE) vão aumentar a ajuda aos países vizinhos da Síria


	Refugiados: os líderes da UE decidiram também “aumentar a ajuda ao Líbano, Jordânia, Turquia e outros países da região”
 (REUTERS/Alkis Konstantinidis)

Refugiados: os líderes da UE decidiram também “aumentar a ajuda ao Líbano, Jordânia, Turquia e outros países da região” (REUTERS/Alkis Konstantinidis)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2015 às 10h06.

O alto comissário da Nações Unidas para os refugiados, António Guterres, elogiou hoje o Conselho Europeu por decidir ampliar a ajuda aos países vizinhos da Síria e mobilizar verbas para as organizações que apoiam os refugiados, mas considerou necessário que se faça “muito mais”.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, anunciou na quarta-feira que os líderes da União Europeia (UE) vão aumentar a ajuda aos países vizinhos da Síria e mobilizar 1 bilhão de euros para as organizações que ajudam os refugiados.

“Vamos mobilizar 1 bilhão de euros adicionais para ajudar os refugiados através do Programa Alimentar Mundial e o Alto-Comissariado da ONU para os Refugiados”, disse Tusk em conferência de imprensa, ao final da cúpula extraordinária de chefes de Estado e de Governo.

Em nota divulgada, António Guterres considera que “o plano de distribuição [de refugiados] não vai pôr fim ao problema”, mas espera que “seja o início de uma solução” após o acordo alcançado pelos líderes na reunião extraordinária da União Europeia.

Segundo Donald Tusk, os líderes da UE decidiram também “aumentar a ajuda ao Líbano, Jordânia, Turquia e outros países da região”.

O chefe do Alto Comissariado para Refugiados (Acnur), António Guterres considerou que este “é um passo importante para a estabilização da crise, mas muito mais precisa ser feito”, até porque “o plano só pode funcionar se, nos pontos de entrada da Europa, forem criadas instalações robustas para receber, ajudar e cadastrar as pessoas”.

O presidente do Conselho Europeu disse também que os centros de registro de refugiados e migrantes vão estar a funcionar “até ao fim de novembro”.

Guterres defende que “estas instalações devem ter capacidade para lidar com a média atual de 5 mil pessoas que chegam todos os dias de barco”.

Para as Nações Unidas, os centros de registro de refugiados e migrantes devem igualmente “oferecer uma alternativa” àqueles que necessitam de proteção internacional diante das ameaças de grupos que operam no transporte marítimo de refugiados e imigrantes que pretendem dar entrada na Europa.

Sobre o fortalecimento do controle fronteiriço externo da União Europeia, o Anur insiste em que a gestão das fronteiras “deve ser coerente com o direito nacional, comunitário e internacional, incluindo a garantia do direito de requerer asilo”.

A Europa tem estado sob intensa pressão para lidar com um afluxo sem precedentes de refugiados e migrantes, principalmente vindos da Síria, que vive um conflito iniciado em março de 2011, após protestos contra o regime de Bashar al-Assad.

O conflito já matou mais de 240 mil pessoas e é travado em várias frentes, por diversos grupos armados.

A Suécia e a Alemanha estão entre os destinos mais populares dos que fogem da guerra e da agitação no Oriente Médio e Norte da África.

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