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Acidente nuclear custará 30 bilhões de euros ao Japão

A empresa que opera a central nuclear de Fukushima solicitará mais dinheiro do que o previsto do Estado japonês


	Funcionários da AIEA fazem uma inspeção na usina da Tepco em Fukushima: o aumento se deve às indenizações das vítimas e às obras na central posteriores ao acidente
 (AFP)

Funcionários da AIEA fazem uma inspeção na usina da Tepco em Fukushima: o aumento se deve às indenizações das vítimas e às obras na central posteriores ao acidente (AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2013 às 12h22.

Tóquio - A empresa que opera a central nuclear de Fukushima solicitará mais dinheiro do que o previsto do Estado japonês, o que elevaria o custo total provisório para os contribuintes do acidente de março de 2011 a 30 bilhões de euros, afirmou nesta sexta-feira um jornal japonês.

Segundo o jornal Nikkei, a Tokyo Electric Power (Tepco) pedirá mais dinheiro para cobrir o aumento de seus gastos, provocado, entre outras coisas, pelas indenizações das vítimas e pelas obras na central posteriores ao acidente.

A companhia, que foi nacionalizada após o acidente, planeja pedir nesta sexta-feira um aumento da ajuda pública equivalente a 4,5 bilhões de euros, acrescentou o jornal. Se o pedido for aceito, o Estado entregará no total 30 bilhões de euros, ou seja, 0,83% do Produto Interno Bruto (PIB) japonês, como consequência do acidente de Fukushima.

Cerca de 160.000 pessoas fugiram de suas casas por medo das radiações, em particular nos arredores da central nuclear, 220 km a nordeste de Tóquio, e as destruições na região provocaram a quebra de empresas e um menor consumo de produtos locais.

A Tepco também teria quebrado sem o apoio do Estado.

O acidente na central de Fukushima ocorreu no dia 11 de março de 2011, após um terremoto de 9 graus de magnitude seguido por um tsunami.

Os 50 reatores do Japão estão localizados à beira do mar e em zonas sísmicas, já que o Japão se localiza em um local de encontro entre quatro placas tectônicas, registrando, consequentemente, 20% dos terremotos de magnitude superior a 6.

Além disso, vários reatores, como o de Higashidori, foram construídos perto de falhas que podem estar ativas.

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