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Abu Hamza pede que Tribunal bloqueie sua extradição aos EUA

No último dia 24, o Tribunal de Estraburgo decidiu não referir o caso de Abu Hamza e outras quatro pessoas à Corte Suprema

Julgamento do clérigo radical islâmico Abu Hamza, em Londres: (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2012 às 21h23.

Londres - O clérigo radical islâmico Abu Hamza pediu ao Tribunal Superior de Londres que bloqueie sua extradição aos Estados Unidos , depois que todas as tentativas perante a Corte de Estraburgo para impedir que seja entregue se esgotaram, informaram fontes judiciais nesta quarta-feira.

No último dia 24, o Tribunal de Estraburgo decidiu não referir o caso de Abu Hamza e outras quatro pessoas à Corte Suprema, máxima instância judicial do Reino Unido, como as vítimas haviam solicitado a fim de impedir a extradição aos Estados Unidos.

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Uma porta-voz do tribunal londrino disse que estudará, com 'máxima urgência', o pedido de um juiz britânico que suspendeu a extradição porque emitiu mandados provisórios à espera do exame de um recurso apresentado pelas vítimas após a decisão do Tribunal.

Por sua vez, uma porta-voz do Ministério do Interior disse que o Tribunal de Estrasburgo não viu impedimento para a extradição de Hamza, por isso que o órgão trabalhará para assegurar que o suspeito seja entregue às autoridades dos Estados Unidos o mais rápido possível.

Hamza, residente do Reino Unido e detido em 2006 por delitos relacionados com atividades terroristas, é reclamado pelos Estados Unidos por suposta participação no sequestro de 16 turistas ocidentais no Iêmen, em 1998.

Além de Hamza, Khaled Al-Fawwaz também pediu ao Tribunal Superior que bloqueie sua extradição aos Estados Unidos, país que também solicitou sua entrega por suposta atividade terrorista.

Com a decisão do Tribunal, Hamza e Al-Fawwaz fazem a última tentativa legal para evitar a extradição, depois que o governo britânico informou na segunda-feira - após conhecer a decisão judicial - a intenção de entregar os suspeitos em breve.

Os dois acusados argumentam que podem passar por tratamentos desumanos se forem entregues aos Estados Unidos.


Além de Hamza e Al-Fawwaz, outros três suspeitos - Babar Ahmad, Syed Ahsan e Adel Bary - também tinham solicitado ao Tribunal de Estrasburgo não serem extraditados ao país americano.

A decisão do Tribunal europeu de direitos humanos de Estrasburgo, ao rejeitar tramitar o recurso dos cinco suspeitos de terrorismo, confirma a decisão de 10 de abril, quando já havia autorizado as extradições.

No país americano, Hamza enfrenta 11 acusações, entre elas uma por suposta participação no sequestro de 16 turistas ocidentais no Iêmen, em 1998, que acabou com a morte de quatro reféns.

Washington também acusa Hamza de organizar um campo de treinamento nos Estados Unidos para formar combatentes que estivessem dispostos a lutar na Guerra do Afeganistão, em 2001.

Em fevereiro de 2006, o Tribunal de Old Bailey condenou o clérigo a sete anos de prisão por incitar o assassinato de não muçulmanos e judeus em seus sermões, e por outros delitos relacionados com o terrorismo.

Se for extraditado aos Estados Unidos, Hamza poderá ser processado e depois retornar ao Reino Unido para cumprir a condenação que foi imposta no país europeu.

Uma vez cumprida a pena britânica, o clérigo seria devolvido às autoridades dos Estados Unidos para que cumpra a sentença que será imposta.

O imã ficou famoso no Reino Unido pelas críticas severas, aos países do ocidente, que pronunciava na mesquita de Finsbury Park, em Londres, até maio de 2004, quando foi detido pela primeira vez pelas autoridades britânicas.

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