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Abertis quer diálogo com a Bolívia e espera acordo

Conflito por causa desta nacionalização estava nas mãos de uma arbitragem internacional que foi interrompida temporariamente a pedido da Bolívia


	Evo Morales: presidente da Bolívia disse que não se dará compensação alguma à Abertis nem à Aena (operador espanhol de aeroportos) após a nacionalização
 (Maxim Shemetov/AFP)

Evo Morales: presidente da Bolívia disse que não se dará compensação alguma à Abertis nem à Aena (operador espanhol de aeroportos) após a nacionalização (Maxim Shemetov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2013 às 15h58.

Barcelona - O grupo espanhol de infraestruturas Abertis declarou hoje que continua "aberta ao diálogo" com o Governo da Bolívia e acreditando em poder resolver mediante uma "solução pactuada" o conflito gerado pela nacionalização de seus aeroportos no país.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta quinta-feira que não se dará compensação alguma à Abertis nem à Aena (operador espanhol de aeroportos) após a nacionalização, em fevereiro passado, da Sabsa, a empresa que administrava os três principais aeroportos do país.

O conflito por causa desta nacionalização estava nas mãos de uma arbitragem internacional que foi interrompida temporariamente a pedido da Bolívia para tentar uma solução pactuada, explicou em declarações à Agência EFE um porta-voz da Abertis.

Apesar das manifestações de Morales, a Abertis reitera sua aposta no diálogo e, no caso de não ser possível, disse que continuará na via da arbitragem.

A Abertis reivindica US$ 90 milhões do Governo boliviano pela desapropriação da Sabsa, filial da Abertis (90%) e da Aena (10%), segundo assegurou o executivo-chefe do grupo, Francisco Reynés, após conhecer a decisão do Governo boliviano de expropriar os aeroportos de El Alto (La Paz), Cochabamba e Santa Cruz, os mais importantes do país.

Embora o Governo boliviano tenha justificado a desapropriação alegando falta de investimentos, a Abertis sustenta que entre 2005 e 2012 investiu US$ 13 milhões na Bolívia, aos quais é preciso somar custo da concessão, no valor de US$ 39 milhões, e outros US$ 8 milhões mais em impostos, totalizando cerca de US$ 60 milhões. EFE

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