Abe disse que renunciará caso se encontrem provas de que ele e a esposa cometeram irregularidades (Kim Kyung-Hoon/Reuters)
Reuters
Publicado em 14 de março de 2018 às 11h00.
Última atualização em 14 de março de 2018 às 11h03.
TÓQUIO - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, reafirmou quarta-feira que ele e sua esposa não se envolveram em um acordo de venda de terreno com desconto que levou a oposição a pedir a renúncia do ministro das Finanças Taro Aso, um importante aliado do premiê.
Abe e Aso passaram a ser pressionados depois que o Ministério das Finanças admitiu nesta semana que alterou documentos relacionados à venda de um terreno estatal com um grande desconto a um administrador escolar ligado à esposa do premiê.
A suspeita de um acobertamento pode afetar o índice de aprovação de Abe e acabar com sua esperança de cumprir um terceiro mandato como líder de seu Partido Liberal Democrata (PLD). A vitória em uma votação que renovará a liderança do PLD em setembro pode encaminhá-lo para se tornar o premiê mais longevo do Japão.
Cópias de documentos divulgadas pelo ministério na segunda-feira mostraram que referências a Abe, à sua esposa e a Aso foram retiradas de registros do Ministério das Finanças referentes à venda ao administrador escolar Moritomo Gakuen.
"Quando você olha os documentos, mesmo antes de eles terem sido alterados, fica claro que minha esposa e eu não nos envolvemos", disse Abe ao comitê orçamentário da câmara baixa do Parlamento, uma posição repetida pelo secretário-chefe de gabinete, Yoshihide Suga.
Abe disse que renunciará caso se encontrem provas de que ele e a esposa cometeram irregularidades.