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Abdullah diz que resultado eleitoral no Afeganistão é golpe

Candidato classificou os resultados preliminares do segundo turno das eleições do mês passado como um "golpe" contra o povo,


	Partidário de candidato às eleições presidenciais no Afeganistão, durante uma reunião
 (Wakil Kohsar/AFP)

Partidário de candidato às eleições presidenciais no Afeganistão, durante uma reunião (Wakil Kohsar/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2014 às 22h20.

Cabul - O candidato presidencial afegão Abdullah Abdullah rejeitou nesta segunda-feira os resultados preliminares do segundo turno das eleições do mês passado como um "golpe" contra o povo, colocando-o na rota de uma perigosa colisão com o seu rival, Ashraf Ghani.

A Comissão Eleitoral Independente anunciou nesta segunda-feira que Ghani venceu o segundo turno de 14 de junho com 56,44 por cento dos votos, de acordo com resultados preliminares.

A contagem final pode mudar quando os números oficiais forem divulgados, em 22 de julho.

A campanha de Abdullah reagiu ferozmente, dizendo que o resultado era inválido, uma vez que os votos fraudulentos não foram desconsiderados.

"Nós não aceitamos os resultados que foram anunciados hoje (segunda-feira) e consideramos isso um golpe contra o voto das pessoas", disse o porta-voz da campanha de Abdullah, Rahman Rahimi Mujib.

A sua rejeição abre caminho para um possível impasse sangrento entre grupos étnicos ou mesmo a secessão de partes do frágil país, que já está profundamente dividido em linhas tribais.

Abdullah, um combatente da resistência anti-Taliban, tem alegado a existência de uma fraude generalizada nos resultados da votação desorganizada e prolongada e insistiu que os resultados devem ser adiados até que todas as zonas eleitorais problemáticas sejam auditadas.

Filho de pai da etnia pashtun e mãe tadjique, ele recebe grande parte do seu apoio da minoria tadjique no norte do Afeganistão e é capaz de atrair multidões que provavelmente ficaram igualmente furiosas com o anúncio desta segunda-feira.

Ghani, por sua vez, tem um forte apoio das tribos pashtun no sul e leste. Na cidade de Kandahar, no sul do país, centenas de pessoas saíram às ruas para comemorar nesta segunda-feira.

Funcionários eleitorais advertiram, no entanto, que este não era o resultado final.

"O anúncio dos resultados preliminares não significa que o candidato na liderança é o vencedor, e há possibilidade de o resultado mudar após a verificação das queixas", afirmou o chefe da comissão, Ahmad Yousuf Nuristani, a repórteres.

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