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A saída russa para a violência na Copa 2018? Legalizar as brigas

Parlamentar russo quer transformar a pancadaria entre torcidas na Copa do Mundo de futebol em um "novo esporte" que aconteceria em arenas

Tocedores russos espancam torcedor britânico na Euro 2016: parlamentar da Rússia quer legalizar as brigas para a Copa 2018 (Carl Court/Getty Images)

Gabriela Ruic

Publicado em 7 de março de 2017 às 11h17.

São Paulo – Um parlamentar russo causou polêmica nos últimos dias com sua proposta para solucionar possíveis problemas com torcedores violentos durante a Copa do Mundo de 2018 : transformar os embates  em um esporte para entreter o público do evento.

A ideia do parlamentar Igor Lebdev é a de que sejam estabelecidas regras para a confusão, como um máximo de 20 pessoas de cada lado de uma disputa, que seria realizada em uma arena esportiva. Lebdev considerou que a legalização da pancadaria serviria de “exemplo” especialmente aos britânicos, que classificou como indisciplinados e péssimos lutadores.

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“A Rússia seria pioneira em um novo esporte”, escreveu o parlamentar em comunicado traduzido pelo jornal britânico The Telegraph. “Fãs britânicos chegariam, por exemplo, e começariam a procurar por briga. Eles receberiam o aceite do desafio, com um encontro no estádio em um horário determinado”, explicou Lebdev.

Essa organização toda, considerou, poderia atrair multidões e não traria razões para outras pessoas se preocuparem com a violência nos estádios durante o maior evento esportivo do futebol .

Segundo explicou o jornal The Guardian, Lebdev se inspirou nas brigas entre russos e britânicos pelas ruas da cidade francesa de Marselha na Eurocopa 2016, para elaborar a sua proposta de regulamentação. Na ocasião, a Rússia chegou a ser ameaçada de suspensão pelo comitê disciplinar da Uefa por conta do comportamento de seus torcedores.

Além de político, Lebdev é também parte da União de Futebol da Rússia, órgão que dirige o esporte no país, além de amigo pessoal de Alexander Shprygin, líder de uma torcida organizada que foi deportado da França no ano passado por causa da violência em Marselha.

A rede de notícias americana ABC lembra ainda que o parlamentar chegou a parabenizar os torcedores russos pelas brigas durante o evento.

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