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A 100 dias das eleições, Obama e Romney aparecem empatados

O republicano leva vantagem na arrecadação de sua campanha e em junho superou Obama pelo segundo mês consecutivo ao embolsar US$ 106 milhões

Obama enfrenta uma disputa apertada pela Casa Branca com o rival republicano Mitt Romney (Getty Images)

Obama enfrenta uma disputa apertada pela Casa Branca com o rival republicano Mitt Romney (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2012 às 17h58.

Washington - A 100 dias das eleições presidenciais nos Estados Unidos, o presidente democrata Barack Obama e seu rival republicano, Mitt Romney, aparecem empatados nas pesquisas, em um momento em que as campanhas vão ficando mais agressivas com ataques e novas propagandas praticamente todos os dias.

Antes das eleições de 6 de novembro, a atenção da mídia vai estar concentrada na escolha do companheiro de chapa de Romney, nas convenções dos partidos entre o final de agosto e o início de setembro, e nos três debates televisivos entre os candidatos, em outubro.

No entanto, segundo David Axelrod, o principal estrategista político de Obama, este domingo é um "marco psicológico" para as campanhas, uma nova fase em que cada dia conta para se somar eleitores e conquistar, sobretudo, os indecisos.

Esta semana, várias pesquisas foram publicadas apontando um empate entre Obama e Romney.

A última pesquisa do instituto Gallup indicou um empate em 46% das intenções de voto, enquanto a rede "NBC" e "The Wall Street Journal" apontaram uma preferência pelo republicano em relação aos assuntos econômicos, mas o presidente leva vantagem em estados decisivos como Ohio.

O site de informação política "RealClearPolitics", que elabora uma média diária das pesquisas eleitorais, indica que Obama tem apoio de 46,4% do eleitorado, enquanto Romney aparece com 45,3%.

O republicano leva vantagem na arrecadação de sua campanha e em junho superou Obama pelo segundo mês consecutivo ao embolsar US$ 106 milhões. Isso preocupa os democratas, que já alertaram seus doadores para não baixar a guarda e aumentarem suas contribuições.

A existência de comitês de ação política independentes, que na prática são uma extensão das campanhas oficiais e podem arrecadar fundos ilimitados, gerou uma enxurrada de mensagens e críticas dos dois lados, especialmente nos últimos dias.

Os ataques dos democratas estão determinados a destruir a imagem de Romney como homem de negócios. Ele é acusado de ter investido em empresas especializadas em transferir postos de trabalho para fora dos EUA e em outras que quebraram, quando era diretor da firma Bain Capital.

A campanha de Obama lançou um anúncio de televisão em que Romney é ridicularizado. Enquanto se escuta o candidato republicano cantando a tradicional canção "America The Beautiful", manchetes de diversos veículos aparecem na tela questionando a existência de contas em paraísos fiscais, além da questão envolvendo a Bain Capital e a transferência de vagas de emprego para o México, a Índia e a China.

Já os republicanos mostraram Obama como um presidente que "ataca os que têm sucesso", sufoca os empresários com excessivas leis e é acusado de não saber o que fazer com a situação econômica do país após a crise de 2008.

A economia continua sendo a maior preocupação dos eleitores e os últimos indicadores jogam contra Obama, já que o desemprego continua alto. Na sexta-feira, aferiu-se que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,5% entre abril e junho, um ritmo menor que o do trimestre anterior (2%).

Já contra Romney podem pesar as gafes cometidas em Londres, como um comentário crítico direcionado à organização dos Jogos Olímpicos, em sua primeira viagem internacional para definir aos eleitores suas prioridades na política externa.

A proximidade das eleições faz com que os candidatos evitem o debate sobre o direito à posse de armas, sempre latente e que ressurge com tiroteios como o da semana passada em um cinema de Aurora (Colorado) com um saldo de 12 mortos e 58 feridos.

Embora Obama tenha falado nesta quarta-feira sobre a necessidade de um controle maior e melhor da posse de armas, a Casa Branca esclareceu depois que o presidente não vai pressionar a aprovação de leis mais rígidas no Congresso. Romney reiterou, de Londres, que endurecer as normas não é a solução. EFE

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