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7 milhões estão à beira da fome no Sudão do Sul, diz ONU

ONU advertiu que quase 7 milhões de pessoas no Sudão do Sul estão à beira de uma crise de fome iminente

Refugiada do Sudão do Sul: a ONU enviará um destacamento de capacetes azuis para proteger os cidadãos, segundo coordenado da organização (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2014 às 14h45.

Juba - A ONU advertiu nesta terça-feira que quase 7 milhões de pessoas no Sudão do Sul estão à beira de uma "crise de fome iminente", se a atual situação de conflito impedir a população de exercer as atividades agrícolas, base de sua subsistência.

Em entrevista coletiva na capital do Sudão do Sul, Juba, o coordenador humanitário da ONU no país africano, Toby Lanzer, explicou que seu organismo "somente pode apresentar a ajuda da qual dispõe, mas não poderá ocupar-se de toda a catástrofe", e que se trata de uma responsabilidade do Estado.

Por outro lado, expressou seu pesar pelos atos de violência na cidade de Bentiu, capital do Estado de Unidade, no norte do país, que se encontra sob "controle total" dos rebeldes seguidores do ex-vice-presidente Riak Machar, segundo anunciou hoje o próprio Movimento de Libertação Popular do Sudão (MLPS).

"Sinto raiva e dor porque há centenas de mulheres e de crianças tentando encontrar um refúgio seguro no hospital de Bentiu, além de dezenas de outros cidadãos que tentam chegar à sede da ONU", afirmou.

Explicou também que esses fatos demonstram que "o cessar-fogo - assinado entre o governo e os rebeldes em 23 de janeiro na Etiópia - não está sendo cumprido".

Além disso, acrescentou que diante da violência atual nessa cidade, a ONU enviará um destacamento de capacetes azuis para proteger os cidadãos que se refugiaram no hospital de Bentiu.


Por outro lado, Lanzer lamentou que os atos de violência nos Estados do Alto Nilo, Unidade e Jonglei, somados a "algumas dificuldades logísticas", criam obstáculos o trabalho humanitário no Sudão do Sul.

No entanto, revelou que a ONU lançou uma nova campanha para responder às necessidades humanitárias dessa população, com um orçamento de US$ 1,270 bilhões e assegurou que até a atualidade conseguiu arrecadar 36% deste fundo.

Embora o governo e os insurgentes tenham assinado um cessar-fogo, ambas as partes se acusam mutuamente de violar a trégua, especialmente nos estados de Unidade, Jonglei e Alto Nilo.

Além disso, Lanzer informou que os países doadores terão uma reunião em Oslo em 20 de maio para estudar as ajudas que necessita Sudão do Sul.

O conflito armado no Sudão do Sul começou em 15 de dezembro quando o governo acusou de uma suposta tentativa de golpe de Estado a Machar, rival político do presidente sul-sudanês, Salva Kiir.

A ONU alertou no início de mês que cerca de 3,7 milhões de pessoas estão ameaçadas da crise de fome no Sudão do Sul e, se não se conseguem fundos para financiar a ajuda de emergência, nos próximos meses pode haver uma catástrofe no país, o mais jovem do planeta.

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Juba - A ONU advertiu nesta terça-feira que quase 7 milhões de pessoas no Sudão do Sul estão à beira de uma "crise de fome iminente", se a atual situação de conflito impedir a população de exercer as atividades agrícolas, base de sua subsistência.

Em entrevista coletiva na capital do Sudão do Sul, Juba, o coordenador humanitário da ONU no país africano, Toby Lanzer, explicou que seu organismo "somente pode apresentar a ajuda da qual dispõe, mas não poderá ocupar-se de toda a catástrofe", e que se trata de uma responsabilidade do Estado.

Por outro lado, expressou seu pesar pelos atos de violência na cidade de Bentiu, capital do Estado de Unidade, no norte do país, que se encontra sob "controle total" dos rebeldes seguidores do ex-vice-presidente Riak Machar, segundo anunciou hoje o próprio Movimento de Libertação Popular do Sudão (MLPS).

"Sinto raiva e dor porque há centenas de mulheres e de crianças tentando encontrar um refúgio seguro no hospital de Bentiu, além de dezenas de outros cidadãos que tentam chegar à sede da ONU", afirmou.

Explicou também que esses fatos demonstram que "o cessar-fogo - assinado entre o governo e os rebeldes em 23 de janeiro na Etiópia - não está sendo cumprido".

Além disso, acrescentou que diante da violência atual nessa cidade, a ONU enviará um destacamento de capacetes azuis para proteger os cidadãos que se refugiaram no hospital de Bentiu.


Por outro lado, Lanzer lamentou que os atos de violência nos Estados do Alto Nilo, Unidade e Jonglei, somados a "algumas dificuldades logísticas", criam obstáculos o trabalho humanitário no Sudão do Sul.

No entanto, revelou que a ONU lançou uma nova campanha para responder às necessidades humanitárias dessa população, com um orçamento de US$ 1,270 bilhões e assegurou que até a atualidade conseguiu arrecadar 36% deste fundo.

Embora o governo e os insurgentes tenham assinado um cessar-fogo, ambas as partes se acusam mutuamente de violar a trégua, especialmente nos estados de Unidade, Jonglei e Alto Nilo.

Além disso, Lanzer informou que os países doadores terão uma reunião em Oslo em 20 de maio para estudar as ajudas que necessita Sudão do Sul.

O conflito armado no Sudão do Sul começou em 15 de dezembro quando o governo acusou de uma suposta tentativa de golpe de Estado a Machar, rival político do presidente sul-sudanês, Salva Kiir.

A ONU alertou no início de mês que cerca de 3,7 milhões de pessoas estão ameaçadas da crise de fome no Sudão do Sul e, se não se conseguem fundos para financiar a ajuda de emergência, nos próximos meses pode haver uma catástrofe no país, o mais jovem do planeta.

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