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630 milhões de adultos querem emigrar, diz pesquisa

Segundo estudo realizado em 150 países, 48 milhões planejam viajar já em 2012

Imigrantes em busca de asilo na França: o desemprego é uma das principais causas pelas quais essas pessoas desejam emigrar (AFP/Arquivo / Frank Perry)

Imigrantes em busca de asilo na França: o desemprego é uma das principais causas pelas quais essas pessoas desejam emigrar (AFP/Arquivo / Frank Perry)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2012 às 11h14.

Genebra - Seiscentos e trinta milhões de adultos do mundo desejam emigrar, 48 milhões deles planejam fazê-lo no próximo ano e, destes, 19 milhões já preparam a viagem, segundo uma pesquisa do instituto de pesquisas Gallup realizada em 150 países.

O estudo 'The Many Faces of Global Migration' (As muitas faces da migração, em tradução livre) foi publicado pela Organização Internacional das Migrações (OIM) e é a primeira investigação sobre o desejo de emigrar dos cidadãos.

Os pesquisadores entrevistaram 750 mil adultos no mundo todo de 2005 a 2010, e por essa razão os dados não refletem o ocorrido nos últimos dois anos em muitos países afetados por uma profunda crise.

O destino preferido dos entrevistados são os Estados Unidos, seguidos pelo Canadá, Reino Unido, França e Espanha.

Dos 630 milhões de adultos que querem emigrar - 14% da população adulta mundial -, 33% vivem na África Subsaariana, 21% no Oriente Médio e África do Norte, 18% na Europa, 17% na América e 9% na Ásia.

O desemprego é uma das principais causas pelas quais essas pessoas desejam emigrar, mas também influenciam as redes de amparo com as quais podem contar no país para o qual emigram, além de questões ambientais.

'Está previsto que nos próximos cinco anos, cerca de 500 milhões de adultos decidam emigrar para outros países ou outras áreas de seu próprio país por conta de problemas ambientais', explicou uma das autoras do estudo, Neli Esipova.

O estudo também revela que 3% dos adultos de 135 nações recebem remessas de algum parente que vive em outro país, um número que aumenta para até 15% na região subsaariana.

Estas remessas são utilizadas para custear as necessidades básicas, mas não melhoram a qualidade de vida, motivo pelo qual aumentam o desejo de emigrar, conclui o estudo. 

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