5 projetos promissores lançados durante a COP 21
Reunião do clima da ONU serviu de pano de fundo para o lançamento de projetos promissores apoiados por empresas e governos
Vanessa Barbosa
Publicado em 13 de dezembro de 2015 às 07h16.
São Paulo - Em um marco histórico no final da tarde de ontem (12), em Paris, mais de 190 países do mundo adotaram por consenso um acordo globa l que busca combater os efeitos das mudanças climáticas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Mas o chamado Acordo de Paris não foi o único desdobramento positivo das duas intensas semanas de negociações da 21ª Conferência das Partes ( COP21 ). A reunião do clima da ONU também serviu de pano de fundo para o lançamento de projetos promissores apoiados por empresas, investidores, governos e a sociedade civil.
Selecionamos, a seguir, algumas das investidas mais bacanas apresentadas em Paris que englobam esforços para solucionar problemas ambientais da atualidade e pavimentam o caminho para uma economia de baixo carbono.
Aliança solar
A era das energias renováveis está cada vez mais próxima. E ela vem acudir aqueles que mais necessitam de luz. Durante a COP 21, Narendra Modi, o primeiro-ministro indiano, e François Hollande, presidente da França, lançaram a Aliança Solar International.
Formada por 120 países, a iniciativa busca fomentar a cooperação e a colaboração entre as nações com maior potencial para utilizar essa fonte de energia a fim de levar luz e esperança para centenas de milhares de pessoas que vivem em áreas rurais e remotas sem acesso à eletricidade.
Pelos cálculos da Aliança, "mais de US$ 1 bilhão em investimentos serão necessários até 2030 para garantir a implantação maciça de energia solar acessível nessa regiões".
Breakthrough Energy Coalition
Por mais promissoras que as tecnologias de energias limpas possam ser, muitos investidores ainda temem apoiá-las. Mas não um seleto grupo de 28 bilionários, que inclui Bill Gates, da Microsoft, Mark Zuckerberg do Facebook, Jeff Bezos da Amazon e o fundador do gigante chinês Alibaba, Jack Ma.
Eles escolheram a Cúpula do Clima (COP21), em Paris, para lançar a Breakthrough Energy Coalition, uma plataforma de financiamento de projetos de desenvolvimento de energias limpas. De saída, o grupo de investidores comprometeu-se a apoiar projetos de tecnologias em fase inicial em 20 países que integram a coalizão Missão Inovação (veja abaixo).
Coalizão Missão Inovação
Lançada na COP 21, em Paris, a Missão Inovação é uma coalizão de 20 países (até o momento) que prometeram duplicar os investimentos governamentais e / ou coordenados pelo Estado em pesquisas de desenvolvimento de fontes renováveis de geração de energia ao longo dos próximos cinco anos.
O Brasil é um dos signatários da plataforma, que conta ainda com países como o Canadá, Alemanha, Índia, Japão, Arábia Saudita, Reino Unido, Emirados Árabes Unidos e os EUA.
Pacto Internacional sobre Água
Em tempos em que as mudanças climáticas ameaçam afetar a disponibilidade e a qualidade da água potável em todo o mundo, uma nova aliança global visa assegurar a gestão sustentável dos recursos hídricos. Lançado em Paris, o Pacto Internacional sobre Água engloba 290 organizações de bacias hidrográficas, empresas e sociedade civil para tornar os sistemas de água mais resistente aos impactos das mudanças do clima.
Os compromissos incluem a implementação de planos de adaptação, o fortalecimento e monitoramento da água e sistemas de medição em bacias hidrográficas, além de promover a sustentabilidade financeira e novos investimentos em sistemas de gestão de água.
Aliança dos Negócios para Água e Mudanças Climáticas
As consequências da variação da disponibilidade de água nos negócios também reserva perigos, e as empresas estão atentas ao risco. Durante a COP 21, trinta e duas gigantes mundiais, incluindo a Unilever, Diageo, GSK, Saint-Gobain, Veolia e Danone, lançaram uma nova coalizão chamada Aliança dos Negócios para Água e Mudanças Climáticas.
O grupo tem como objetivo reduzir os riscos relacionados à qualidade e disponibilidade de água. As ações incluirão a medição do impacto da variação da disponibilidade de água nos negócios; elaboração de relatórios de transparência; ação coletiva nas bacias hidrográficas e monitoramento do uso da água na cadeia de valor.