Haiti: um longo caminho para a reconstrução (Getty Images)
Vanessa Barbosa
Publicado em 12 de janeiro de 2015 às 16h40.
São Paulo - Na madrugada de 12 de janeiro de 2010, um devastador terremoto atingiu o Haiti, matando pelo menos 250 mil pessoas e deixando mais de um milhão de desabrigados.
Cinco anos após a catástrofe natural, o país ainda luta para se recuperar e seus problemas estão longe de serem resolvidos.
Centenas de milhares de pessoas ainda vivem em tendas erguidas pelas Nações Unidas logo após o tremor.
Outras “reconstruíram” suas casas de maneira improvisada, nos mesmos lugares em que viviam antes da tragédia, usando lonas e placas de metal no lugar de cimento e tijolo.
O acesso a serviços básicos continua precário. Muitas regiões sofrem com falta de água encanada, saneamento adequado, postos de saúde e escolas. Condições insalubres deram origem a um surto de cólera, que já matou mais de 8,5 mil pessoas em todo o país desde 2010.
Pelas ruas centrais, ainda é possível encontrar escombros daquele janeiro fatídico, como as ruínas da Catedral de Nossa Senhora da Assunção, a principal de Porto Príncipe, capital haitiana e epicentro do terremoto. A maior parte dos edifícios oficiais também aguarda reconstrução, incluindo o prédio do governo.
De acordo com a AP, o Haiti já recebeu pelo menos 80% dos 12,4 bilhões de dólares prometidos por países e agências internacionais como ajuda humanitária para reconstrução e alívio da divida.
Grande parte desses recursos, observa a agência, foi canalizado por empreiteiras e grupos humanitários e não diretamente pelo governo do Haiti.
Enquanto aguarda a plena reconstrução, o Haiti carrega o fardo de uma nação profundamente pobre, com cerca de 60% de seus 10,4 milhões de habitantes vivendo abaixo da linha nacional de pobreza, de pouco mais de dois dólares por dia.