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24 mortos e 70 feridos na RCA, diz Cruz Vermelha

Perguntado sobre a situação no resto do país, delegado da Cruz Vermelha afirmou que "é possível" que a violência tenha ocasionado mais mortes

Rebelde combate na República Centro-Africana: choques violentos ocorreram depois que Michel Djotodia renuncioou a presidência interina na sexta-feira passada (Ivan Lieman/AFP/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2014 às 20h15.

Dacar - Pelo menos 24 pessoas morreram nos enfrentamentos violentos ocorridos durante o último fim de semana em Bangui, capital da República Centro-Africana (RCA), informou nesta segunda-feira à Agência Efe o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

"Tivemos uma jornada muito violenta na sexta-feira e parcialmente no sábado, e nossas equipes recuperaram os corpos de 24 vítimas", disse o delegado do CICV na RCA, Georgios Georgantas, em uma conversa por telefone a partir de Bangui.

Segundo ele, o confronto também deixou 70 feridos na capital. As vítimas, que em sua maioria foram feridas por facões, foram resgatas e estão sendo tratadas em hospitais da cidade.

Perguntado sobre a situação no resto do país, o delegado afirmou que "é possível" que a violência tenha ocasionado mais mortes, mas não apresentou qualquer número.

"A situação voltou à normalidade nesta segunda-feira, embora sigamos escutando esporadicamente disparos em alguns bairros da capital", acrescentou o representante do CICV.

Os choques violentos ocorreram depois que Michel Djotodia renuncioou a presidência interina na sexta-feira passada. A renúncia de Djotodia aconteceu na capital do país vizinho Chade, N"djamena, onde a Comunidade Econômica dos Estados da África Central (CEEAC) realizava uma cúpula sobre a situação da RCA.

Djotodia resistia à pressão internacional para renunciar por não ter podido restaurar a ordem e a segurança em seu país, após chegar ao poder mediante um golpe de estado em março de 2013 à frente do grupo rebelde Séléka, de confissão muçulmana.

A violência que sofre o país surgiu em 5 de dezembro, quando as milícias cristãs "Anti-balaka" levaram o caos a Bangui, onde foram registrados intensos tiroteios com artilharia pesada.

Os enfrentamentos, iniciados pelos milicianos partidários do presidente derrubado François Bozizé, ocorreram antes que a ONU autorizasse a intervenção militar da França, junto a uma força africana, para restabelecer a ordem na RCA.

Nas últimas semanas, ocorreram enfrentamentos entre partidários da Séléka e as milícias "Anti-balaka", que atacaram civis muçulmanos, confissão dos membros da Séléka, minoritária no país.

A crise na RCA começou em 24 de março de 2013. A capital foi tomada pelos rebeldes da Séléka, que assumiram o poder no país após a fuga de Bozizé ao exílio, e quando se formou um governo liderado por Djotodia.

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Dacar - Pelo menos 24 pessoas morreram nos enfrentamentos violentos ocorridos durante o último fim de semana em Bangui, capital da República Centro-Africana (RCA), informou nesta segunda-feira à Agência Efe o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

"Tivemos uma jornada muito violenta na sexta-feira e parcialmente no sábado, e nossas equipes recuperaram os corpos de 24 vítimas", disse o delegado do CICV na RCA, Georgios Georgantas, em uma conversa por telefone a partir de Bangui.

Segundo ele, o confronto também deixou 70 feridos na capital. As vítimas, que em sua maioria foram feridas por facões, foram resgatas e estão sendo tratadas em hospitais da cidade.

Perguntado sobre a situação no resto do país, o delegado afirmou que "é possível" que a violência tenha ocasionado mais mortes, mas não apresentou qualquer número.

"A situação voltou à normalidade nesta segunda-feira, embora sigamos escutando esporadicamente disparos em alguns bairros da capital", acrescentou o representante do CICV.

Os choques violentos ocorreram depois que Michel Djotodia renuncioou a presidência interina na sexta-feira passada. A renúncia de Djotodia aconteceu na capital do país vizinho Chade, N"djamena, onde a Comunidade Econômica dos Estados da África Central (CEEAC) realizava uma cúpula sobre a situação da RCA.

Djotodia resistia à pressão internacional para renunciar por não ter podido restaurar a ordem e a segurança em seu país, após chegar ao poder mediante um golpe de estado em março de 2013 à frente do grupo rebelde Séléka, de confissão muçulmana.

A violência que sofre o país surgiu em 5 de dezembro, quando as milícias cristãs "Anti-balaka" levaram o caos a Bangui, onde foram registrados intensos tiroteios com artilharia pesada.

Os enfrentamentos, iniciados pelos milicianos partidários do presidente derrubado François Bozizé, ocorreram antes que a ONU autorizasse a intervenção militar da França, junto a uma força africana, para restabelecer a ordem na RCA.

Nas últimas semanas, ocorreram enfrentamentos entre partidários da Séléka e as milícias "Anti-balaka", que atacaram civis muçulmanos, confissão dos membros da Séléka, minoritária no país.

A crise na RCA começou em 24 de março de 2013. A capital foi tomada pelos rebeldes da Séléka, que assumiram o poder no país após a fuga de Bozizé ao exílio, e quando se formou um governo liderado por Djotodia.

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